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Ex-catadora de recicláveis de Santo André disputa mundial na Holanda

Bianca Araújo da Silva possui mais uma daquelas histórias de vida com o rumo mudado pelo esporte. O jeito de menina tímida esconde um passado difícil. Em 2007, aos 11 anos de idade, era catadora de materiais recicláveis ao lado da mãe e de cinco irmãos. Hoje, aos 16, está a caminho da Holanda para representar o Brasil no Campeonato Mundial Sub-17 de basquete feminino. Uma reviravolta um tanto quanto surpreendente.
Ao contrário do discurso da grande maioria dos atletas, quando se referem à seleção brasileira e conquistas internacionais como principais objetivos, a pivô não se esquece de sua origem humilde e de quem sempre esteve ao seu lado. “Meu maior sonho é poder dar um futuro melhor para minha mãe e meus irmãos. E o basquete pode me dar isso”, afirma, após creditar ao esporte seu amadurecimento. Sem a presença do pai, a responsabilidade pelo sustento da casa ficou dividida entre os outros membros da família.
A atleta de 1,89m de altura começou a jogar há apenas três anos e sem nenhuma pretensão, levada ao Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia por um amigo. “No começo eu nem queria jogar. Faltei no teste e dei uma desculpa qualquer. Então marcamos novamente numa sexta-feira. Vim, fiz o treino e deu tudo certo.” A jogadora foi prontamente acolhida pela comissão técnica do basquete de Santo André, e aos poucos, sua relação com o esporte ficou mais próxima, tornando-se seu modo de vida.
Essa será sua segunda participação em campeonatos internacionais. Em 2011, a pivô disputou o Sul-Americano Sub-15, no Equador. Na ocasião, o Brasil foi campeão invicto, após bater Chile, Peru, Uruguai, Colômbia, Equador, e novamente a seleção chilena, por 74 a 42, na grande final.

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