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Fundadores do Operação de Riso contam sobre o curso de palhaço realizado na França

Kleber Brianez, Phillipe Gaulier e Lígia Campos

Desde o início das atividades em hospitais, o programa Operação de Riso, de São Caetano do Sul, foi contemplado três vezes pelo Governo Federal. O I e II Prêmios Cultura e Saúde, que possibilitaram a expansão do trabalho na cidade, e o Edital de Intercâmbio e Difusão Cultural, do Ministério da Cultura (MinC), que permitiu que os artistas fundadores do Grupo fossem à França no mês de julho de 2012 fazer o curso de palhaço com o mestre Philippe Gaulier e um intercâmbio com Le Rire Médecin, referência de associação internacional que realiza o trabalho de palhaço em hospital.
Segundo Kleber Brianez e Ligia Campos, fundadores do Operação de Riso, o curso foi bastante intenso. “Foram 60 horas de muito trabalho, muita transpiração e reflexões para o resto da vida. Philippe Gaulier é mestre de grande parte dos nossos mestres aqui no Brasil. E beber um golinho da mesma fonte que beberam nossos mestres foi uma experiência única e maravilhosa”, afirmaram.
Na turma de intercâmbio, quase 30 pessoas, vindas das mais diversas partes do mundo: Hong Kong, Inglaterra, Nova Zelândia, México, Espanha, Suécia, Israel, Áustria, Escócia, Austrália, Nova York, França, Texas e Brasil. “Todos jogando juntos e tendo em comum a menor máscara do mundo. Aquela que menos esconde e mais revela”, continua Kleber.
Kleber e Ligia também tiveram contato com o Le Rire Médecin, associação francesa que leva a arte do palhaço a hospitais há 20 anos. “Foi uma experiência muito rica para o Operação de Riso. Batemos um papo pra lá de gostoso com a fundadora da Associação, Caroline Simonds. Falamos sobre o palhaço no hospital, sobre o ator que realiza esse trabalho, sobre o treinamento dos atores, sobre a rotina no hospital. Ouvimos as respostas com o alívio de quem percebe que está no caminho certo, de quem se sente parte da mesma história”, contaram.
Sobre a dificuldade de entender o idioma francês, respondem o seguinte: “Havia dificuldade no entendimento, mas a linguagem do palhaço é universal. Assim foi possível reafirmar que o jogo entre as duplas e seus espectadores/pacientes acontecia por meio do olhar, de maneira muito calma e delicada. Havia a música, que diversas vezes preenchia os corredores do hospital de maneira alegre e muito viva”.
Resumindo a experiência, Kleber Brianez e Ligia Campos afirmam: “A passagem por Paris, o curso que fizemos, a troca de informações com o Rire Médecin, a possibilidade de ver os palhaços em ação, tem nos feito refletir sobre o nosso ofício e procurar a melhor forma de fazê-lo. E a estrada é longa… que bom!”.

Histórico – Operação de Riso – Treinamento e Pesquisa, por meio da APAP (Associação de Pais, Alunos e Professores) da Fundação das Artes de São Caetano do Sul, é ligado a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) da Prefeitura da cidade.
Atua em São Caetano do Sul desde setembro de 2006, por meio de uma parceria entre Fundação das Artes e Fundação Municipal de Saúde – FUMUSA, nos Hospitais Márcia e Maria Braido. Do início do projeto até hoje, já foram feitos mais de 15 mil atendimentos, entre pacientes, acompanhantes e profissionais da área da saúde.
O aprimoramento técnico das habilidades com o palhaço sempre foi um dos principais eixos do projeto. Da mesma forma, a busca pela excelência artística sempre foi a base para as ações desde 1998, quando os fundadores do projeto iniciaram suas pesquisas sobre o universo do palhaço. Mais do que levar um trabalho assistencialista, o objetivo é levar ao hospital um trabalho de boa qualidade artística.
Maiores informações no site www.operacaoderiso.com.br.

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