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Era uma vez

Um número de trabalhadores sentindo a necessidade de construir um partido político para conseguir novos avanços em suas lutas, pensou em se organizar e fazer diferença.Juntou gente de carne, osso, garra e ideal. Defendendo a democracia esse partido deveria estar presente em todos movimentos populares, onde as bases é que deveriam dar as diretrizes. Deveria ser diferente ao respeitar a autonomia das organizações populares. A causa de seus objetivos era a defesa da democracia que garantisse aos trabalhadores, em todos os níveis, a direção política e econômica do país.
Esse partido se desenvolveu ganhou as fábricas, os bairros, diferentes categorias sociais e profissionais. Descentralizou o poder e colocou o trabalhador a participar do processo de decisão política. Garantiu a livre organização dos trabalhadores em todos os níveis na luta contra a exploração econômica e a marginalização política de milhões de pessoas. Esse partido nasceu como opção contra os poderosos opressores do povo.
Esse novo partido que nascia de baixo para cima deveria ter algumas características como a organização nas fábricas, bairros, escolas, campo, sindicatos; ser amplo e aberto ao povo com decisões tomadas livremente lutando contra a discriminação; disputando eleições elegendo seus representantes comprometidos não com eles, mas com toda sociedade, unindo as diferenças na direção de uma nova sociedade.
Assim, esse partido procurou conscientizar o povo que ele poderia assumir seu rumo, entendendo a raiz e causa de seu problema, ao mesmo tempo que a luta e trabalho são permanentes na transformação da sociedade. Entendendo que a corrupção significa a progressiva desintegração de um ser, mediante ação de fatores internos e externo de uma sociedade, o partido colocou como ponto de honra combatê-la.
A corrupção é sempre um processo lento, com inícios quase imperceptíveis, um germe nocivo que penetra e prolifera, ou que, já dentro da sociedade, encontra possibilidades favoráveis para sua ação destruidora. É a depravação progressiva dos costumes, pela qual um indivíduo, incapaz de impor princípios ao coletivo, acaba por considerar sua vida como norma válida.
Em suas reuniões esse partido julgou que para tudo existe uma razão. Repensando nossa sociedade percebeu que se o mau exemplo vem lá de cima, não seria ele a fazer o mesmo. E como trabalhadores e aprendizes, também sabendo que uma cidade parece pequena se comparada com um país é na cidade que se começa a ser feliz. Esses trabalhadores julgando-se diferentes na ação, colocaram como sua marca a honestidade.
A mesma honestidade que daria ao partido veracidade na palavra e à lisura nas relações, que deveria manter em todos os membros a virtude moral e cívica, sem a qual é impossível a superação na luta proposta. Uma sociedade cujos homens públicos são desonestos paga um tributo imenso. Quando a desonestidade se instala na administração pública, não há recursos que cheguem para programas de desenvolvimento e de melhoria das condições do povo; quantias vultosas desaparecem por canais ocultos e pelos processos mais habilidosos.
A forma, porém, mais rebelde de desonestidade é aquela que acaba por identificar-se com vivacidade. O honesto, então, passa a ser considerado como simplório, que não sabe aproveitar oportunidades.

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