O enredo da peça fala sobre um estrangeiro que arrasta uma caixa com uma corda e, entre azinhagas, encontra os seus próprios fantasmas, entre eles Eva, o menino ferido, o vendedor de ossos e o ferreiro. Nos escombros do mundo desolado, estas figuras tecem as vozes do desamparo, como a ausência do pai, a morte, a culpa e o sacrifício.
O espetáculo é resultado de um estudo sobre o desamparo. Nesta composição poética os atores Alexandre Ganico, Heitor Vallim, João Silher, Nayara Meneghelli e Rudinei Borges retratam a impossibilidade de partir, de reencontrar o deserto metafórico onde supostamente o ser humano encontra alento é a âncora que sustenta a vozearia.
Agruras é o segundo movimento cênico do Núcleo Macabéa, grupo brasileiro de teatro que tem como foco de pesquisa a memória, a poesia e a andarilhagem. Numa procura contínua para a tessitura de uma dramaturgia própria, o Núcleo investiga o desamparo humano e realiza atualmente residência artística na favela do Boqueirão, no Jardim da Saúde, em São Paulo.
O Polo Cultural Casa de Vidro fica ao lado do Teatro Santos Dumont (Avenida Goiás, 1.111, Bairro Santa Paula). A classificação é de 12 anos. Mais informações na Fundação das Artes, pelo telefone 4238-3030 ou pelos portais www.saocaetanodosul.sp.gov.br/secult e www.fascs.com.br.