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Desemprego permanece estável no ABC

Nível de ocupação diminui na Indústria de Transformação e aumenta em Serviços e no Comércio e Reparação de Autos e Motos

A taxa de desemprego total na região do ABC permaneceu estável em outubro, ao passar de 9,6% em setembro, para os atuais 9,5%, depois de três meses de queda consecutiva (10,8% em julho, 10,2% em agosto e os 9,6% de setembro). Os dados foram divulgados na última quarta-feira (28) durante a apresentação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/ABC), realizada pela Fundação Seade e Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Sua principal componente, a taxa de desemprego aberto, formada por pessoas que efetivamente procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa, reduziu-se de 7,9% para 7,4%, o que sugere aumento da taxa de desemprego oculto, referente às pessoas que realizaram “bicos” no período em análise.
Nas demais regiões paulistas para as quais os indicadores da PED são calculados, a taxa de desemprego total reduziu-se entre setembro e outubro, passando de 11,3% para 10,9% na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), de 10,8% para 10,4% no Município de São Paulo e de 11,9% para 11,5% nos demais municípios da RMSP, exceto a capital. Ainda assim, o ABC voltou a ser a região de menor taxa, com seus 9,5%.
Em outubro, o contingente de desempregados na região foi estimado em 136 mil pessoas, o mesmo do mês anterior. Esse desempenho foi resultado da geração de 19 mil postos de trabalho (1,5%), número idêntico ao de pessoas que passaram a fazer parte da força de trabalho da região (19 mil, ou 1,3%). A taxa de participação elevou-se de 62,0% para 62,8%.
Segundo os principais setores de atividade, o nível de ocupação elevou-se nos Serviços (1,5%, ou criação de 10 mil postos de trabalho) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e motocicletas (4,7%, ou 9 mil) e reduziu-se na Indústria de Transformação (-2,4%, ou eliminação de 8 mil postos de trabalho). Na Região, o nível de ocupação aumentou 1,5% em outubro e o contingente de ocupados foi estimado em 1,295 milhão de pessoas.
Já segundo posição na ocupação, o número de assalariados não se alterou no mês em análise. No setor privado, cresceu ligeiramente o emprego com carteira de trabalho assinada (0,6%) e diminuiu o sem carteira (-3,4%). Elevaram-se o contingente de autônomos (3,4%) e o de empregados domésticos (4,2%).
Entre setembro e outubro, aumentou a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (de 41 para 42 horas) e não se alterou a dos assalariados (42 horas). Pouco variaram as proporções de ocupados e assalariados que trabalharam mais do que 44 horas semanais: de 32,8% para 33,2% e de 29,8% para 29,9%, respectivamente.
Entre agosto e setembro de 2012, cresceram os rendimentos médios reais de ocupados (1,5%) e assalariados (2,5%), que passaram a equivaler a R$ 1.890 e R$ 1.934, respectivamente. Elevaram-se as massas de rendimentos de ocupados (3,0%) e assalariados (4,8%), em ambos os casos, como resultado de aumentos dos rendimentos médios reais e, em menor proporção, dos respectivos níveis de ocupação.

Comportamento em 12 meses

Em outubro de 2012, a taxa de desemprego total na Região do ABC (9,5%) foi superior à registrada há 12 meses (8,7%). Nessa mesma base de comparação, a taxa de desemprego aberto passou de 7,3% para 7,4%, indicando que o aumento da taxa de desemprego total deveu-se, principalmente, à taxa de desemprego oculto.
Em termos absolutos, o contingente de desempregados elevou-se em 17 mil pessoas, resultado da geração de postos de trabalho (51 mil, ou 4,1%) em número insuficiente para absorver a quantidade de pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região (68 mil, ou 5,0%). A taxa de participação aumentou de 60,7% para 62,8%, neste período de 12 meses.
Entre outubro de 2011 e de 2012, o nível de ocupação cresceu 4,1%, variação superior à registrada nos 12 meses anteriores, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, esse resultado decorreu da expansão do contingente de ocupados nos Serviços (16,2%, ou criação de 95 mil postos de trabalho), que mais que compensou a redução no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-8,7%, ou eliminação de 19 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (-7,6%, ou -27 mil).
O assalariamento total aumentou 2,5% na comparação de 12 meses. No setor privado, reduziu-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (-1,1%) e elevou-se o de sem carteira (6,6%). O contingente de autônomos aumentou 2,8%.
Entre setembro de 2011 e de 2012, elevaram-se os rendimentos médios reais de ocupados (13,0%) e assalariados (12,2%). Também se expandiram as massas de rendimentos de ocupados (17,3%) e assalariados (14,7%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos dos rendimentos médios e, em menor medida, dos níveis de ocupação.

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