Prefeitura humaniza atendimento com integração de serviços clínicos, sociais e terapêuticos
Entre essas ações, se destacam serviços como o Consultório de Rua, responsável por intervenções educativas e psicossociais nas ruas, junto aos usuários de álcool e outras drogas. O serviço passou a operar como a primeira Unidade Básica de Saúde móvel do País. A equipe volante do Consultório é constituída por profissionais de saúde mental e por redutores de danos, um médico de família, psicólogo, terapeuta ocupacional, enfermeiro e técnico de enfermagem.
Além disso, desde 2009 a política de saúde mental, que também responde pelo atendimento de dependentes químicos, passou por ampla reestruturação. O número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Álcool e Drogas, que funcionam em regime 24 horas, passou de três para seis unidades, duas delas voltadas a esse público.
Nesses espaços, são oferecidos atendimento clínico, projetos terapêuticos, oficinas educativas e de capacitação profissional, entre outras. As equipes são compostas por psicólogos, terapeutas e monitores. O objetivo é o resgate da liberdade, da autonomia, dos direitos de cidadania e a integração comunitária, contrapondo-se ao sistema de internação manicomial.
Outros programas – Outra ação de São Bernardo foi a criação em 2012 do Centro de Referência Especializado da População em situação de rua (Centro POP). O serviço, localizado na região central da cidade, também é uma referência para a Secretaria de Saúde no atendimento assistencial aos dependentes químicos, já que grande parcela da população em situação de rua faz uso abusivo de álcool e drogas.
Desde sua implantação, já registrou mais de 700 atendimentos, principalmente durante o inverno, entre maio e junho. Depois de serem abordados na rua e orientados a se dirigir à unidade, os moradores de rua podem ser encaminhados a diversos serviços da Prefeitura, como atendimento médico, psicológico e de documentação, entre outros. Se necessário, podem tomar um banho e até pernoitar no local.
Outros destaques são as Repúblicas Terapêuticas, nas quais os usuários ficam abrigados provisoriamente, e o Nutrarte, núcleo de geração de renda.
Para o secretário municipal de Saúde, Arthur Chioro, a estratégia adotada em São Bernardo está alinhada com as diretrizes do Ministério da Saúde, com o qual a cidade mantém uma grande parceria. “Antes de 2009, não havia nenhuma política de prevenção e tratamento para dependentes químicos, apenas um sistema de internação compulsória que vem sendo desconstruído gradativamente”, afirma o titular da Pasta.