As obras do HC, com 93% do cronograma de obras cumprido, integram a lista dos três investimentos prioritários do ABC, que requerem recursos também do governo estadual
O prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, Luiz Marinho, vistoriou na tarde da última terça-feira (21) as obras do Hospital de Clínicas (HC), no Bairro Alvarenga. A visita contou com as presenças do secretário estadual de saúde, Giovanni Guido Cerri, do secretário municipal de saúde, Arthur Chioro, e de técnicos da Administração e dos governos estadual e federal.
Esta foi a primeira vez que Cerri visitou o equipamento de saúde que está sendo construído na cidade. O compromisso foi firmado durante agenda com o gestor estadual no início deste mês no Consórcio, quando Marinho e os prefeitos das demais cidades da região discutiram a agenda de prioridades regionais na área da Saúde.
As obras do HC integram a lista dos três investimentos prioritários do ABC que requerem recursos também do governo estadual. O hospital será inaugurado no segundo semestre deste ano e contará com 293 leitos. As obras tiveram início em setembro de 2010.
Orçado em R$ 161 milhões, sendo R$ 82 milhões repasse do Governo Federal e outros R$ 20 milhões do Governo Estadual, o equipamento terá ainda R$ 59 milhões de investimentos da Prefeitura. Há ainda o compromisso de o Governo do Estado liberar mais R$ 23 milhões.
De acordo com o secretário estadual, os recursos já foram solicitados pelo chefe do Executivo ao governador Geraldo Alckmin, que sinalizou grande interesse em colaborar com o equipamento de saúde. “Devemos definir esse aporte, os R$ 23 milhões restantes, já no próximo mês, pois esse hospital irá reforçar a atual estratégia de saúde da região. Prefeituras como a de São Bernardo têm uma contribuição importante na rede hospitalar”, comentou.
Já o prefeito Luiz Marinho explicou que após a entrega do Hospital de Clínicas, a rede hospitalar do município será totalmente readequada. O Hospital Municipal Universitário (HMU) se firmará como unidade de excelência do cuidado em saúde materno-infantil, enquanto que o Hospital Anchieta se consolidará como unidade de excelência do cuidado em tratamento de câncer, e o Hospital e Pronto-Socorro Central será transformado em Hospital de Urgência e Emergência. “O cronograma de obras está 93% cumprido e pretendemos concluir o hospital em agosto deste ano, mas para isso, vamos depender da liberação dos R$ 23 milhões por parte do Governo do Estado”, disse.
Estrutura – Erguido em área de 18 mil metros quadrados, o HC será uma das unidades mais modernas do Brasil e terá capacidade para atender as principais demandas de saúde em especialidades cirúrgicas, diagnóstico por imagem, hemodiálise, medicina nuclear, especialidades clínicas e pediátricas, além de transplantes de órgãos, como rins e córnea, e cirurgias ortopédicas de grande porte.
O edifício reúne três blocos e 11 pavimentos, além de ambulatório, Hospital Dia e Terapia Renal Substitutiva (destinada a procedimentos de hemodiálise). Dos 293 leitos, 197 serão destinados à internação e 96 serão complementares, sendo 60 para a UTI (20 pediátricos e 40 adultos), 29 de Recuperação Anestésica e 13 leitos de Hospital Dia.
Quando o hospital estiver funcionando em sua plenitude, terá capacidade para fazer mensalmente cerca de 10 mil consultas, 1,5 mil internações e 1,5 mil cirurgias.
Visita a AME de Santo André – Após a visita ao HC, o prefeito e o secretário estadual visitaram ainda o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André. Além de acompanhar o estágio atual das obras do HC, Giovanni Cerri analisa a reivindicação dos prefeitos de instalação de um Centro de Referência do Idoso (CRI) junto à AME, ao invés da construção de um anexo para este fim no Hospital Mário Covas, prevista inicialmente pelo governo do Estado.