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No ABC, 72% tem acesso à internet no domicílio

Dados do Instituto de Pesquisa da USCS revelam que a proporção de domicílios com acesso à Internet no Grande ABC é 80% maior do que o estimado para o Brasil

Informações obtidas por meio da Pesquisa Socioeconômica do Grande ABC, produzida pelo Instituto de Pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Inpes), mostram que a região tem grande representatividade quanto à população com acesso à internet em casa.
Considerando dados do primeiro semestre de 2013, o ABC conta hoje com 72% dos domicílios com este recurso. Em comparação com dez anos atrás, a pesquisa revela um aumento de 123% (na época, a condição representava 32% da população).
Para se ter uma ideia da expressividade, segundo a pesquisa mais recente do Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação (CETIC), que considera todo o país, a porcentagem de acesso é de 40%, ou seja, a média brasileira fica próximo ao que o ABC se encontrava 10 anos atrás. Colocando em pauta somente a região sudeste, tendo em vista as desigualdades sociais/econômicas entre regiões do país, o número alcança a percentagem de 48%, ainda distante do que o ABC apresenta.
Coordenador do Inpes, Leandro Prearo, explica que a diferença pode ser justificada por dois principais fatores: o primeiro deles se refere à condição econômica da população. “O ABC é economicamente mais maduro, comparando ao estado ou ao país. Desta forma, entende-se que a população tem melhor condição financeira para ter este serviço no domicílio”. O segundo fator está relacionado às condições tecnológicas da região. Tendo melhor situação econômica, as cidades têm infraestrutura para oferecer o acesso à população. “Esta é mais uma consequência da condição econômica do ABC. A renda familiar aqui representa quase o dobro do que é no Brasil” destaca.
Considerando o Grande ABC, que, além de Santo André, São Bernardo e São Caetano, inclui também as cidades de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o índice de acesso nas residências é de 67,4%, diferença não tão expressiva. Prearo explica que este dado pode se justificar, principalmente, por, neste quesito, a infraestrutura ser praticamente igual nestas cidades (fornecida, principalmente, pelas empresas instaladas em cada uma delas). Pesa, por exemplo, o fato das operadoras de internet oferecerem condições cada vez mais acessíveis para que o público possa ter esta condição.

Número poderia ser ainda maior

Por outro lado, o Coordenador do Inpes revela que a porcentagem apresentada nas cidades do ABC poderia até ser maior, pois além da condição econômica, deve-se considerar também a condição cultural nas cidades. “Existe famílias que podem ter acesso à internet, mas não têm por uma questão cultura, de dificuldade na utilização dos serviços, como por exemplo, famílias de idosos. A população de São Caetano tem uma grande proporção de idosos, o que provavelmente ainda seja um estanque para a plena internet no município”, afirma Leandro.

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