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Bicentenário do Barão de Mauá contará com exposição no museu

Evento seguirá até o dia 15 de março e contará também com exposição de arte postal com obras de 36 artistas de diversos países.

Como parte da programação do 59º aniversário de Mauá comemorado em 8/12, a Prefeitura lança no dia 25/11 às 19h, a exposição 200 Anos de Nascimento do Barão de Mauá – Influências e Confluências.

A abertura contará com a apresentação de dois patrimônios da cidade: a Banda Lyra e a Orquestra de Violeiros. Haverá o lançamento de um selo personalizado alusivo ao bicentenário do Barão.

A mostra é organizada pelas curadoras Cecília Camargo e Luciana Senhoreli e recebe o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer e de um grupo de incentivadores da história e da cultura local. A exposição reúne diversos objetos que contam um pouco da vida do Barão e Visconde de Mauá Irineu Evangelista de Sousa, um dos maiores empreendedores do Brasil.

O público verá imagens e objetos que mostram sua trajetória e influência no desenvolvimento da região por meio da construção da ferrovia, entre fotos, documentos, objetos da São Paulo Railway, medalhas, selos, moedas e vestuário de ferroviários daquela época, entre outros. Grande parte dos itens foi cedida pelo Sindicato dos Ferroviários de Santos e faz parte do Museu do Ferroviário. Algumas das imagens datam do final do século XIX e primeira metade do século XX.

Arte postal – Organizada pelo produtor cultural e escritor Edson Bueno de Camargo, a exposição reúne trabalhos em arte postal de 36 artistas do Brasil e de países como Turquia, Portugal e Canadá, entre outros. Os postais foram confeccionados por meio de colagens, montagens, fotografias e pintura variada. Mais informações no site da Prefeitura de Mauá: www.maua.sp.gov.br ou no blog: http://barao200anos.blogspot.com.br/.

O Barão – Irineu Evangelista de Sousa foi um notável empresário, industrial, banqueiro, político e diplomata brasileiro, um símbolo dos empreendedores do país no século 19.
Foi pioneiro no campo dos serviços públicos: fundou uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio de Janeiro (1851), organizou as companhias de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas (1852), implantou a primeira estrada de ferro do Brasil, de Raiz da Serra à cidade de Petrópolis RJ (1854), inaugurou o trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora (1854) e realizou o assentamento do cabo submarino (1874).

Em sociedade com capitalistas ingleses e cafeicultores paulistas, participou da construção da Recife and São Francisco Railway Company, da Ferrovia Dom Pedro 2º. (atual Central do Brasil) e da São Paulo Railway (Santos-Jundiaí).

Liberal, abolicionista e contrário à Guerra do Paraguai, forneceu os recursos financeiros necessários à defesa de Montevidéu quando o governo imperial decidiu intervir nas questões do Prata (1850) e, assim, tornou-se persona non grata no Império. Suas fábricas passaram a ser alvo de sabotagens criminosas e seus negócios foram abalados pela legislação que sobretaxava as importações.

Ele construiu ferrovias, barcos a vapor, instalou iluminação a gás no Rio de Janeiro e cabos submarinos, influenciando a indústria brasileira. Foi importantíssimo para Mauá, pois, ao trazer a ferrovia para a região, permitiu que o antigo vilarejo de Pilar (atual Mauá) e toda a região do Grande ABC se desenvolvessem ao redor da estrada de ferro, facilitando a instalação, ampliação das indústrias e a vinda dos trabalhadores, durante o século que se seguiu à inauguração da São Paulo Railway.

Serviço – O Museu Barão de Mauá fica na rua Dr. Getúlio Vargas, 276, Vila Guarani. A visitação é de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 15h. Mais informações pelo telefone 4519-4011.

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