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“População tem nos recebido muito bem”, afirma dr. Eliecer, do programa Mais Médicos

Atendendo no Zaíra, em Mauá, generalista identifica mais atendimentos relacionados a hipertensão, diabetes e ansiedade; outros profissionais devem chegar em abril

O jeito comedido e tranquilo e o olhar profundo e analítico são características do generalista Eliecer Torres, nascido em Villa Clara, em Cuba. Trabalhando pela Prefeitura por intermédio do programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, ele relata que, desde que chegou há dois meses, tem percebido o predomínio das doenças muito comuns nos grandes centros, como hipertensão, diabetes e ansiedade, principalmente.

Eliecer Torres é um dos 16 profissionais do Programa Mais Médicos atuando em Mauá (Foto: Evandro Oliveira)


Em Mauá, ao todo, são 16 médicos cubanos, que se juntaram aos 41 que já atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF). O programa Mais Médicos vai enviar outros 15 profissionais para a Atenção Básica e quatro para o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), que devem chegar em 17 de abril. Com isso, as atuais 54 equipes da ESF chegarão a 75, atingindo a cobertura de 225 mil pessoas atendidas, o que corresponde a 50% da população, praticamente.

No Brasil, antes de vir para Mauá, Eliecer já havia trabalhado nos estados do Tocantins e Pará. “Existem diferenças epidemiológicas nos dois lugares, evidentemente. Mauá está em uma região de desenvolvimento, portanto, o estresse relacionado ao trabalho, transportes, etc, gera doenças relacionadas a isso, como hipertensão, diabetes, ansiedade e doenças mentais próprias”. Em sua rotina, também fazem parte as visitas domiciliares, acompanhamento de acamados e o atendimento diferenciado para crianças e idosos.

“A população tem recebido nossa assistência muito bem, assim como os colegas médicos e os demais profissionais”, afirmou o generalista. Os usuários das unidades de Saúde têm aprovado o trabalho dos profissionais estrangeiros, ainda mais pelo fato de que o prazo para a realização das consultas têm sido menor. É o caso das gêmeas Maysa e Natália Fagundes de Carvalho, de 9 anos, acompanhadas da mãe Wilma Nascimento Fagundes. “Eu acho que é muito bom, porque foi mais rápido para marcar”, considerou Wilma.

Dentro do consultório, Eliecer apresentou outras características dos bons profissionais, estrangeiros ou brasileiros, que amam o que fazem: atenção nos relatos da paciente Maysa sobre desconfortos e dores, questionamentos para identificar causas e sintomas, preocupação em prevenir e promover o bem estar da criança e proporcionar tranquilidade para a mãe.

“A marcação da consulta está mais rápida e eu gostei muito da médica. Ela conversa com a gente e ficou preocupada por eu estar abaixo do peso. Imediatamente ela me encaminhou para os exames”, detalhou Sueli Aparecida Estanislau, de 32 anos, grávida de cinco meses. Para ela o atendimento está ficando melhor.

Os médicos da Atenção Básica têm atuado principalmente no atendimento da demanda reprimida, ocasionada pela dificuldade de contratação que havia antes. “Mas, o nosso trabalho tem o olhar voltado principalmente para a prevenção e promoção da saúde. Creio que estamos caminhando para isso”, finalizou Eliecer.

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