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Denunciado no caso Cressoni assume posto chave na administração de São Caetano

Depois de muito tempo na geladeira, o prefeito de São Caetano Paulo Pinheiro, nomeou no último final de semana para ser seu interlocutor na Câmara junto aos vereadores, o ex-secretário especial de Luiz Tortorello, o sr. Antonio de Pádua Tortorello, que já havia exercido o mesmo cargo na gestão de seu irmão em todos os mandatos.

Paulo Pinheiro e Pádua Tortorello: acordo para ser intermediário na Câmara.


Mais uma vez o prefeito Pinheiro dá mostras que o dinheiro público arrecadado pelo município vem do suor e trabalho de seus munícipes, visto que o indicado é funcionário de carreira da prefeitura (DAE), mas não é um assíduo trabalhador desde a morte de seu irmão em 2004.

Também pesa contra o interlocutor de Paulo Pinheiro, ser denunciado pelo Ministério Público Estadual mais de 50 vezes, segundo o Tribunal de Justiça nos mais diversos crimes contra a administração pública sendo que todas as denúncias foram aceitas pela justiça paulista.

Não bastasse, Padua Tortorello também é citado no processo que ficou conhecido como Caso Cressoni, envolvendo a máfia das contrutoras na cidade, – onde a construtora era contratada e não tinha obrigação de executar a obra, mas mesmo assim recebendo por sua execução. O caso que ocorreu na administração de seu irmão o ex-prefeito Tortorello está ainda em tramitação na justiça, e foi denunciado pelo próprio dono da construtora (sr. Antonio José Cressoni), que se sentiu lesado pelo mediador (Pádua) na época e teve vários prejuizos consecutivos.

Pode ser o sr. Pádua o melhor para a cidade de São Caetano segundo o prefeito Paulo Pinheiro, ou, será mais um para manipular o fraco governo peemedebista.

Entenda o Caso Cressoni

No ano de 2007, Antonio Cressoni revelou à Justiça, um esquema de desvio de dinheiro público, praticado por inúmeros funcionários da administração de São Caetano do Sul.

– O “Caso Cressoni” ficou conhecido nacionalmente após matérias divulgadas no jornal Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, na rede Globo através do SP TV, Fantástico, programa Brasil Urgente, Rede TV e demais veículos de comunicação nacional.

– O sistema de desvio de dinheiro público era encabeçado por diretores de vários setores da Prefeitura de São Caetano do Sul, que muitas vezes pagavam por obras que não existiram e outras vezes deixavam de pagar obras realizadas pela construtora.

– Os funcionários da Prefeitura, que foram destacados como os “comandantes supremos da trama” exigiam que fosse pago por Cressoni, a um suposto Fundo de Reservas, de 15 a 25% do valor arrecadado em obra realizada no município de São Caetano. A justificativa era que o valor serviria para garantir a realização das obras e caso houvesse algum acidente de trabalho ou até mesmo a paralisação das obras, tais valores serviriam para dar continuidade nos trabalhos. Foi apurada a legalidade do suposto fundo de reservas, e descoberto que tudo não passou de uma grande enganação.

– Após 9 anos sendo explorado pelos funcionários públicos, Antonio Cressoni resolveu revelar o caso a justiça, e mais de três dezenas de funcionários da prefeitura foram denunciados pelo Ministério Público (inclusive Pádua Tortorello), e as investigações continuam na tentativa de ressarcir aos cofres públicos municipais, o valor desviado pelos agentes públicos envolvidos.

No entanto, é importante ressaltar, que as empresas Cressoni foram a falência por causa do dinheiro que os envolvidos exigiam de propina; por isso Cressoni recorreu a Justiça para garantir o ressarcimento do valor.

– É importante mencionar, que foi informado ao Ministério Público, que agentes envolvidos no caso estavam vendendo seus bens, o que impossibilitaria o ressarcimento aos cofres público. A última ação que se sabe da justiça foi o sequestro dos bens de inúmeros funcionários da prefeitura de São Caetano, inclusive o atual interlocutor Pádua Tortorello.

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