Informação foi dada durante apresentação de estudo inédito sobre o perfil da indústria petroquímica e química na região
São Bernardo do Campo é a cidade com maior representatividade na indústria química no ABC, com 33% das empresas do setor. A informação faz parte de estudo inédito sobre o “Impacto da indústria petroquímica e química nas cadeias produtivas da região”, divulgado na última terça-feira (6), em evento em Santo André.
A pesquisa foi conduzida pela MaxiQuim (consultoria especializada em serviço químico), com a cooperação institucional da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade do Setor Químico, Petroquímico e Plástico, além do apoio do Consórcio Intermunicipal do ABC. A proposta surgiu em assembleia dos prefeitos realizada em outubro do ano passado no Consórcio.
“Este é um diagnóstico muito importante, que dará condições para empresas e poder público trabalharem com a realidade que se apresenta”, ressaltou o prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Consórcio, Luiz Marinho. Ele destacou os investimentos para desenvolver a indústria aeronáutica, de gás e petróleo, além de fomentar a já consolidada indústria automobilística no município.
Segundo o estudo apresentado, a indústria química no ABC é responsável por 13,7% do faturamento do setor no Brasil, o equivalente a R$ 49,5 bilhões ao ano. Composto por 1.130 empresas, o segmento gera 50.139 empregos, cuja remuneração média é de R$ 3.038,00 – 2,3 vezes maior do que a média da indústria de transformação no País. A indústria química proporciona um Valor Adicionado Fiscal (VAF) superior a R$ 10 bilhões por ano aos municípios do ABC.
Enquanto em outras cidades da região houve decréscimo no número de empresas ou aumento pouco significativo, São Bernardo passou de 28% do total de indústrias, em 2000, para 33% em 2011. O diagnóstico aponta, porém, que regionalmente o setor vem perdendo peso, representatividade e produtividade ao longo da última década, pois não atrai novos investimentos e empresas, crescendo em ritmo mais lento do que a média nacional.
Para Marinho, conhecer o funcionamento das cadeias produtivas é fundamental para o desenvolvimento do segmento na região. “O ABC tem imensas vantagens, como localização e mão de obra capacitada, mas estamos perdendo diversas empresas ao longo dos anos. É preciso debater sobre esses dados com o governo estadual, para que pense em incentivos fiscais, além das indústrias e o poder público local, criando mecanismos de correção de rumo e aumentando nosso potencial de atração de investimentos.”