Trabalho em equipe e respeito ao meio são aspectos desenvolvidos durante a atividade
Nem a garoa desanimou as Mulheres da Paz de participarem na terça-feira (10) de atividade com canoa havaiana na Represa Billings. As 50 mulheres que integram o programa Cidade de Paz da Região Silvina visitaram a sede náutica da Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo do Campo, onde puderam navegar pela terceira vez.
A ação organizada pela Secretaria de Segurança Urbana foi realizada em parceria com o programa EcoJuventude, da Coordenadoria de Ações para a Juventude (Cajuv). A coordenadora do programa, Cleyde Chieregatto, explica que um dos aspectos mais importantes da canoa havaiana é o trabalho em equipe. “A navegação é uma atividade coletiva, e sem o apoio de todas não se executa o trajeto”.
Integrante do grupo Mulheres da Paz, Maria Zélia, 65 anos, conta que participar da navegação foi uma experiência positiva. “Nunca na minha vida tive a oportunidade de fazer algo do gênero. Tudo que aprendemos antes de entrar na canoa e ao navegar levamos para o nosso dia a dia, como trabalhar de forma coletiva”, afirmou.
Tradicionalmente, a canoa havaiana é formada por dois longos cascos que são unidos como um catamarã. A embarcação pesa ao todo 460 quilos e comporta até 20 pessoas. Tanto sua colocação na água quanto a navegação depende da coordenação de todos os participantes, que são responsáveis pela propulsão e condução do equipamento.
Antônia Dias, 50 anos, chama a atenção pelo ritual de respeito à embarcação, que é explicado às participantes antes de iniciar a navegação. “Tudo na vida tem regras, e aqui aprendemos a respeitar as tradições, que são diferentes da nossa, e isso é um exercício para a vida. Aprender a respeitar e aceitar as diferenças é o que nos prepara para uma sociedade mais harmônica.”
O projeto Mulheres da Paz é coordenado pelo Departamento de Políticas Preventivas da Secretaria de Segurança Urbana e busca formar lideranças comunitárias a fim de multiplicar em suas regiões a cultura de paz e convivência solidária. O projeto faz parte do programa Cidade de Paz Território Silvina, que engloba série de políticas públicas integradas e ações comunitárias que reúnem moradores, trabalhadores locais e gestores públicos, onde são criados espaços de diálogo e participação.