Técnicos da Vigilância Epidemiológica alertam para a necessidade de acabar com os ovos do Aedes aegypti
Recipientes usados para colocar água para animais, como gatos e cachorros, calhas ou pratinhos de vasos de plantas não devem apenas ser esvaziados. É preciso também que sejam limpos manualmente com buchas, para eliminar possíveis ovos do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue.
Quem faz o alerta são os técnicos da Vigilância Epidemiológica e de Zoonoses da Prefeitura de São Bernardo do Campo. Em muitas ocasiões, o recipiente com água para os animais de estimação, por exemplo, tem o conteúdo trocado diariamente, mas as pessoas não fazem a limpeza que pode evitar que se transforme em possível criadouro do mosquito.
A responsável pelo controle da dengue em São Bernardo, Karen Aparecida Jorf, explicou que a fêmea do Aedes aegypti coloca seus ovos na parede dos recipientes. “Pesquisas mostram que esses ovos são viáveis por pelo menos 1 ano em ambiente seco; após seu contato com a água há a eclosão quase imediata do ovo, e aí sim o aparecimento da larva”, afirmou.
De acordo com o último balanço da Secretaria de Saúde de São Bernardo, até o dia 4 de junho, o município registrou 259 casos autóctones (contraídos no município) da doença e outros 63 importados.
As regiões que apresentam o maior número de casos são Taboão (com 106) e Montanhão (88), áreas onde as equipes do CCZ têm concentrado esforços no combate ao mosquito, com verificação de possíveis criadouros casa a casa, nebulização (uso de veneno) e distribuição de tampas plásticas para caixas d’água, entre outras ações.