A Prefeitura de São Bernardo do Campo iniciou na terça-feira (12) a utilização de água de reúso, não potável, para lavagem de ruas, praças, passeios públicos e outros logradouros, bem como para a umectação em vias secundárias de terra, desobstrução de galerias de águas pluviais e outros serviços compatíveis. Na terça-feira, o prefeito de São Bernardo e os secretários de Gestão Ambiental e de Serviços Urbanos, fizeram vistoria dos caminhões que farão esse trabalho.
A ação é uma das práticas adotadas pela Administração Municipal em consonância com o Manual de Obras Públicas Sustentáveis, lançado em junho. A partir dessa iniciativa, o Município passa a economizar, mensalmente, 1,4 milhão de litros de água potável. A água é comprada diretamente da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), na divisa de São Caetano com São Paulo.
O prefeito destacou que a iniciativa faz parte da política de sustentabilidade desenvolvida pelo município. “Estamos preparando um decreto estabelecendo a utilização de água de reúso em todas as obras públicas. Vamos pensar em criar também alguma obrigatoriedade dessa prática pelas empresas privadas, dentro de uma política de sustentabilidade”, anunciou.
O secretário de Serviços Urbanos deu como exemplo a obra de drenagem em andamento no Paço Municipal e que consome, por mês, cerca de 600 mil litros de água de reúso.
O prefeito afirmou, ainda, que a ação, planejada desde o início de sua administração, está sendo implementada em um momento de sensibilização da sociedade para a economia no consumo de água, “tendo em vista o problema provocado pela falta de chuvas no sistema Cantareira e Alto Tietê, agravado pela ausência de planejamento e de investimento por parte do Governo do Estado.”
Papel reciclável
A partir deste mês, todos os setores da Prefeitura de São Bernardo começam a receber uma quota de 50% de papel reciclado para uso nos departamentos. O objetivo é substituir, de forma gradual, o papel comum pelo reciclado. A troca não representará custos para a Administração.
A ação, que faz parte da Agenda Municipal de Sustentabilidade, prevê que até o primeiro semestre de 2015, esse percentual chegue a 90%, o que irá representar 19,8 mil resmas de papel – cada resma equivale a 500 folhas. Vale ressaltar que o percentual restante é comprado com critérios socioambientais.
O prefeito de São Bernardo destacou que as ações fazem parte de um processo de mudança de comportamento da sociedade. “O problema da sustentabilidade do planeta chama a atenção, não só do poder público, mas de todos os cidadãos. É preciso que a gente lance mão, cada vez mais, de mecanismos e tecnologias que possam preservar o nosso sistema”, concluiu.