Iniciativa integra política de segurança alimentar da cidade e segue as diretrizes do Programa Brasil Sem Miséria
A Prefeitura de São Bernardo do Campo, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc), Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SDET) e de Educação, oferece oficina de horta urbana a pessoas em situação de rua que recebem acolhimento institucional no município. Dezessete pessoas se inscreveram para participar do projeto piloto e serão orientadas por técnicos agrícolas no plantio de hortaliças (alface, cebolinha e coentro, entre outras) em canteiros instalados na Sedesc.
A oficina integra a política de segurança alimentar da cidade por meio do Programa São Bernardo sem Miséria, que por sua vez segue as diretrizes do Programa Brasil sem Miséria, do Governo Federal. Além da qualificação profissional, a iniciativa visa à geração de renda, elevação da escolaridade e inserção dos participantes no mercado de trabalho.
Em breve, outro canteiro será instalado na Casa de Integração Social, no Riacho Grande, local onde os integrantes da oficina recebem acolhimento. Os produtos plantados servirão para consumo dos participantes da oficina.
Outro objetivo da oficina é que futuramente o grupo possa se unir em cooperativas e buscar o próprio sustento com a venda dos produtos nas comunidades no entorno das áreas onde ocorrerão o plantio. As áreas ainda estão em estudo, mas a ideia é que a plantação ocorra em terrenos públicos do município, como aqueles por onde passam as redes de transmissão de energia.
O desempregado Ivanildo Alves da Silva, 55 anos, integra o primeiro grupo e vê na iniciativa a oportunidade de reorganizar sua vida. “Passei por um período difícil após a separação. Minha ex-mulher e dois filhos, já adultos, voltaram para Pernambuco. Comecei a beber e fiquei um ano na rua. Mas já faz cinco anos que não bebo. Há três meses estou na Casa de Integração Social. Esta oficina é uma boa oportunidade para voltar a ter renda. Sou padeiro e confeiteiro, mas está muito difícil arrumar emprego nessa área”, disse o pernambucano, que há 40 anos mora em São Bernardo.