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Sistema Kanban ajuda a garantir qualidade no atendimento de internados

Ação tem por objetivo identificar prioridades de cuidados para sanar causas que levaram à internação

Com o objetivo de oferecer o melhor a pacientes dos hospitais públicos, a Prefeitura de São Bernardo do Campo mantém sistema de gestão de qualidade de atendimento aos pacientes dos hospitais de Clínicas Municipal (HC), Pronto-Socorro Central, Anchieta e Municipal Universitário (HMU). Esse método, denominado Kanban, se destina a verificar o quadro de cada internado e a apontar qual o melhor atendimento.

Kanban é termo japonês que se refere a uma prática que tem como objetivo identificar prioridades de cuidados para sanar ou atenuar as causas que levaram à internação. Cada unidade hospitalar tem sua periodicidade para que o Kanban ocorra, mas no HC a ação faz parte do cotidiano da unidade. Já no Anchieta e HMU ocorre às terças e quintas-feiras e no Pronto-Socorro Central, às terças, quartas e quintas-feiras.

O sistema foi implementado há cerca de dois anos no Hospital Anchieta, e há pouco mais de um ano nos outros hospitais da cidade. O superintendente do HC, Daniel Beltrammi, explica que o Kanban é discutido em reunião realizada após as rondas que os profissionais da Saúde fazem pelos hospitais para verificar o quadro de cada paciente.

Além dos médicos, participam da reunião outros profissionais, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e apoiadores de rede, entre outros. “Nessa reunião, após a visita aos pacientes, é verificada a prioridade de cuidados em saúde de cada um deles e qual é o melhor atendimento que podemos prestar”, disse o superintendente do HC.

Agilizar – Beltrammi explicou que, caso a prioridade para o tratamento de um paciente seja uma tomografia de pulmão, a equipe concentrará seus esforços para a realização desse exame. “Com isso conseguimos ganhar tempo no tratamento dos pacientes, permitindo sua pronta recuperação”, afirmou.

Ainda de acordo com o superintendente, desde que o método foi implementado no Hospital Anchieta, a média de tempo de internação caiu 11 para cinco dias. “Devemos levar em consideração que uma internação longa também é ruim para o paciente. O hospital é um ambiente de risco, por mais que tenhamos cuidados”, afirmou.

“O Kanban é uma prática revolucionária, porque permite que vários profissionais de Saúde concentrem sua atenção sobre o mesmo problema, procurando encontrar a melhor solução para o caso, levando-se em consideração não só a recuperação, mas também outros aspectos, como dignidade humana, conforto e qualidade de vida do paciente”, afirma Beltrammi.

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