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ABC:Desemprego reduz taxa

Economista prevê fim de turbulência e retomada de empreendimentos com o encerramento da eleição

A taxa de desemprego total do ABC registrou pequena redução em setembro, passando de 11,3% em agosto para os atuais 11,0 %, numa tendência positiva observada no comportamento de todos os setores de atividade analisados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego. Indústria de Transformação, Comércio e Serviços apresentaram crescimento no nível de ocupados, com geração de 7 mil postos de trabalho, um acréscimo de 0,6% na região. As informações foram divulgadas durante apresentação da PED, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

Segundo o assessor técnico do Dieese, Thomaz Ferreira Jensen, responsável pela apresentação dos dados, o fim do processo eleitoral traz boas expectativas para a economia do País para os próximos meses.

A queda do desemprego foi observada em toda a Região Metropolitana de São Paulo. Entre agosto e setembro, a taxa de desemprego total reduziu-se na RMSP (de 11,3% para 10,6%), no município de São Paulo (de 10,7% para 10,2%) e nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 12,0% para 11,1%).

O contingente de desempregados foi estimado em 153 mil pessoas, 4 mil a menos em relação ao mês anterior. Colaborou para o resultado a relativa estabilidade da força de trabalho (mais 3 mil pessoas, ou 0,2%), além do nível de ocupação, que com o aumento 0,6 % fez o contingente de ocupados chegar a 1.236 mil pessoas.

O nível ocupacional elevou-se em todos os principais setores de atividade econômica: Indústria de Transformação (1,9%, ou geração de 6 mil postos de trabalho) – com destaque para o segmento da metal-mecânica (2,6%, ou 4 mil) -; Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (1,0%, ou 2 mil); e Serviços (0,6%, ou 4 mil). Thomaz Jensen destacou a reação da Indústria de Transformação: ‘’A indústria já apresenta sinais de recuperação, corroborando para a possibilidade de que, em 2015, tenhamos um primeiro semestre mais produtivo que o deste ano”, disse.

Segundo posição na ocupação, o número de assalariados cresceu 1,4%. No setor privado, elevou-se o emprego com e sem carteira de trabalho assinada (1,8% e 2,3%, respectivamente). No mês em análise, o contingente de autônomos diminuiu 1,1%.

Em setembro, permaneceu estável a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (41 horas) e aumentou a dos assalariados (de 41 para 42 horas). A proporção dos que trabalharam mais de 44 horas semanais se elevou entre os ocupados (de 25,5% para 27,9%) e assalariados (de 23,7% para 25,4%). Jensen ressaltou que a elevação de horas trabalhadas é uma demonstração de que o mercado de trabalho está aquecido. “Observamos incremento na quantidade média de horas semanais trabalhadas. Não se faz hora extra sem que haja retomada de produção”, ponderou.

Entre julho e agosto, diminuiu o rendimento médio real dos ocupados (-0,8%) e elevou-se ligeiramente o dos assalariados (0,6%), os quais passaram a equivaler a R$ 2.027 e R$ 2.099, respectivamente. Reduziu-se a massa de rendimentos dos ocupado (-1,7%) e aumentou a dos assalariados (1,3%), no primeiro caso, devido às reduções do rendimento médio e, em menor medida, do nível de ocupação e, no dos assalariados, em decorrência do crescimento do nível de emprego.

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