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Desemprego cai pelo 2º mês no ABC

A taxa de desemprego total do ABC apresentou queda pelo segundo mês consecutivo, passando de 11,0%, em setembro, para os atuais 10,3%. O setor de Serviços gerou 29 mil postos de trabalho, ou aumento de 4,6% no nível de ocupação, enquanto a Metal-mecânica registrou elevação de 2,5%, equivalente a quatro mil novos postos. As informações foram apresentadas durante a divulgação da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED ABC, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, na tarde desta quarta-feira (26).

O contingente de desempregados foi estimado em 146 mil pessoas, 7 mil a menos em relação ao mês anterior. Este resultado deveu-se ao crescimento do nível de ocupação (geração de 31 mil postos de trabalho, ou 2,5%), em número superior ao do ingresso de pessoas na força de trabalho da região (24 mil, ou 1,7%). Segundo o economista da Fundação Seade e coordenador da PED, Alexandre Loloian, há expectativa de que o setor da Indústria apresente leve recuperação até o término do ano. ‘’A curva está sugerindo retomada da Indústria para esse último trimestre, embora tenhamos presenciado certa oscilação nos últimos meses’’, disse.

A taxa do ABC obteve a maior redução entre todas as regiões pesquisadas de São Paulo. Entre setembro e outubro, a taxa de desemprego total também reduziu-se na Região Metropolitana de São Paulo (de 10,6% para 10,1%), no município de São Paulo (de 10,2% para 9,6%) e, com menor intensidade, nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 11,1% para 10,8%).

Na região do ABC, o nível de ocupação aumentou 2,5% e o contingente de ocupados foi estimado em 1.267 mil pessoas. Loloian destacou a série de contratações no setor de Serviços, que acumula sequência de elevação desde julho deste ano. ‘’Os serviços continuam crescendo dentro da região. Aquilo que não foi observado durante a Copa, está demonstrando recuperação neste segundo semestre’’, ponderou o economista, em relação ao acréscimo de 4,6% entre o período estudado. O setor já corresponde a 52,6% dos ocupados. Contudo, foi registrada redução do nível de ocupação no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-1,0%, ou eliminação de 2 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (-1,3%, ou -4 mil) – embora a metal-mecânica tenha registrado o aumento de 2,5%.

Segundo posição na ocupação, o número de assalariados cresceu 3,8%. No setor privado, elevou-se o emprego com carteira de trabalho assinada (3,4%) e reduziu-se o sem carteira (-1,1%). No mês em análise, o contingente de autônomos variou 0,6%.

Em outubro, cresceu a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (de 41 para 42 horas) e manteve-se estável a dos assalariados (42 horas). A proporção dos que trabalharam mais de 44 horas semanais aumentou entre os ocupados (de 27,9% para 32,1%) e assalariados (de 25,4% para 29,5%).

Entre agosto e setembro, elevaram-se os rendimentos médios reais de ocupados (1,5%) e assalariados (0,7%), os quais passaram a equivaler a R$ 2.063 e R$ 2.118, respectivamente. Também ampliaram-se as massas de rendimentos de ocupados (2,1%) e assalariados (2,2%), em ambos os casos, devido ao crescimento do rendimento médio e do nível de ocupação. Loloian citou o crescimento nas atividades de alojamento e alimentação e queda dos serviços domésticos e de transporte. Segundo o técnico, ‘’há boas indicações quanto à qualidade do emprego. Graças à relativa estabilidade do rendimento médio, o número de assalariados deve permanecer positiva’’, avaliou.

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