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Vacina de R$ 300 é oferecida de graça nas unidades de Saúde

As 33 Unidades Básicas de Saúde da cidade têm à disposição vacina contra o HPV, para meninas na faixa etária entre 11 e 13 anos

Mesmo depois do término da segunda fase da campanha de vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), a vacina continua sendo oferecida gratuitamente nas 33 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Bernardo do Campo. Incluído neste ano na lista de vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, o medicamento custa cerca de R$ 300 a dose na rede privada. “O tratamento completo, com as três doses, pode ficar em aproximadamente R$ 1 mil. É necessário que os pais aproveitem a oportunidade para que suas filhas sejam imunizad as”, disse o gestor do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) Rodolfo Strufaldi.

Segundo levantamento da Secretaria de Saúde, até o dia 26 de novembro foram imunizadas 11.327 meninas, o equivalente a 74,83% da meta, de 18 mil garotas na faixa etária entre 11 e 13 anos. Na segunda fase foram vacinadas 2.036 meninas de 11 anos (69%), 4.209 de 12 (69,74%) e 5.082 de 13 (100%). Na primeira fase da campanha foram imunizadas na cidade 16.926 meninas.

A vacina é composta por três doses, sendo que a primeira foi disponibilizada no período de 10 de março a 10 de abril. A terceira deverá ser tomada 60 meses (5 anos) depois da segunda dose.

Strufaldi acredita que a queda pela procura da vacina durante a segunda etapa da campanha esteja relacionada a casos de adolescentes que passaram mal depois de serem imunizadas. “Isso criou um pânico desnecessário, pois a vacina não tem qualquer contraindicação”, ressaltou, atribuindo o mal-estar à agitação e ansiedade típicas da adolescência.

Para evitar que isso venha a ocorrer, o ginecologista recomenda que, no momento da vacina, as adolescentes fiquem relaxadas e repousem por cerca de 15 minutos. “A vida sexual dos adolescentes está começando cada vez mais cedo e não podemos fechar os olhos para isso, daí a importância da vacina”, disse.

A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário do Ministério da Saúde neste ano, mas a estratégia já era adotada em 51 países. O objetivo é proteger contra o câncer do colo do útero – segunda principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil — e verrugas genitais.

O HPV é altamente contagioso, e a transmissão se dá por contato com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de contaminação é por meio da relação sexual, mas o vírus também pode ser transmitido da mãe para a filha no momento do parto.

Quadrivalente – A vacina tem maior eficácia na proteção de mulheres que ainda não iniciaram a vid a sexual e, portanto, não tiveram contato com o vírus. Além disso, a vacina é quadrivalente, imunizando contra os vírus HPV tipos 16 e 18, que são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero, e os tipos 6 e 11, causadores das lesões anogenitais em cerca de 90% dos casos.

Não há necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais durante a aplicação da vacina, mas os responsáveis devem assinar termo de recusa, caso não autorizem a vacinação.

A vacina é segura e tem o aval da Organização Mundial de Saúde (OMS). A eventual ocorrência de desmaios não está relacionada à dose tomada, mas ao fato de a adolescente fazer algum esforço físico ou permanecer muito agitada logo após a vacinação. Por isso, as adolescentes tomarão a vacina sentadas, e será recomendado que fiquem por 15 minutos sem praticar esportes ou movimentos bruscos.

Mais informações podem ser obtidas na Vigilância Epidemiológica de São Bernardo pelos telefones 4128-7758 e 4128-7744.

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