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Bonome e Pinheiro derrotados na Câmara

Secretário geral fica com nome na berlinda depois deste revés nos acordos. Foi contratado para resolver problema e complicou mais.

Menos de dois meses depois de perder a presidência da Câmara de São Caetano tida como certa, dias antes da acachapante derrota de 11 votos contra 8, para a oposição, o prefeito Paulo Pinheiro trocou seu gerente Pádua Tortorello (o secretário que disse ter sido ameaçado por facão no gabinete do prefeito pelo vereador Francisco Macedo Bento).

Este seria um sinal de que 11 vereadores, os descontentes e mais a oposição se juntariam para impor a derrota ao candidato do prefeito que conseguiu apenas 8 votos, e gerou crise interna dentro da situação governista.

Dias depois da derrota, Paulo Pinheiro já indicava um novo gerente para o Paço Municipal que seria seu braço forte na administração. Nilson Bonome, PMDB de Mauá, era o nome do momento para assumir o cargo em São Caetano e com aval do vice presidente da República Michel Temer.

Esqueceram de informar que este mesmo homem forte, também tem passado recente na administração do Prefeito Aidan Ravim de Santo André, onde foi afastado simultaneamente de todos os cargos que ocupava, visto que mais atrapalhava a administração do que colaborava, criando saias justas para o ex-prefeito, que foi derrotado pela oposição nas eleições de 2012.

A sessão

A primeira sessão do Legislativo sancaetanense esperava ser tranquila, visto que o novo gerente geral Bonome, havia costurado com a oposição (11 vereadores), a governabilidade do prefeito Paulo Pinheiro com o aval do grupo, que agora estaria sob a responsabilidade do novo presidente Paulo Bottura.

Mas, o prefeito e seu gerente queriam muito mais do que foram lhe oferecidos, já que perderam a direção da Casa de Leis. Eles queriam dominar as duas comissões permanentes – a de Justiça e Redação e Finanças e Orçamento, diferente do acordado entre a oposição e o Paço anteriormente.

Na manobra, o prefeito quis indicar três membros para a comissão de Finanças e Orçamento a fim de esvaziar as votações e assim manter o controle de uma comissão e influenciar e manobrar a segunda, o que não foi aceito pelo vereadores, que, além de rejeitarem a proposta do gerente Bonome e do prefeito, tomaram a decisão de nomear a presidência das comissões, deixando para a situação quatro vagas inexpressivas, que seriam as de relatores.
Comissões

O vereador Edson Parra foi nomeado presidente de Orçamento e Finanças e e os vereadores Marcel Munhoz (PPS), Fabio Soares (PSD) e Fabio Palacio (PR) indicados para – Justiça e Redação elegerão quem será o presidente da Comissão.

Para a relatoria das comissões foram eleitos os vereadores Chico Bento e Roberto do Proerd em Finanças e Orçamento e para Justiça e redação os vereadores Pio Mielo e Eder Xavier.

Renúncia coletiva

Em meio ao imbróglio criado pelo Paço Municipal e pelo gerente Nilson Bonome, os vereadores eleitos relatores das comissões entregaram carta de renúncia ao presidente Paulo Bottura, deixando as comissões incompletas (somente com três integrantes).

Assim como a eleição da presidência da Casa, que já está na justiça o vereador sem partido Eder Xavier, também já adiantou que vai apelar à justiça para resolver mais esta situação.

Derrotas consecutivas

Mais este revés, o prefeito Paulo Pinheiro não contava. Estava tudo acertado entre as partes e a governabilidade para o bem da cidade de São Caetano do Sul estava assegurada, mas, eles queriam muito mais.
O Paço queria depois do acordo, manipular para mandar nas duas Comissões visando as principais pautas que estão para serem votadas no legislativo sancaetanense. As contas do ex-prefeito José Auricchio Júnior referentes ao exercício de 2012 e as contas de 2013 do prefeito Paulo Pinheiro, que foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e podem torná-los inelegíveis em 2016.

A manobra não deu certo, e o tiro saiu pela culatra. Agora quem decidirá é o Ministério Público, enquanto isso a população vai continuar pagando os desmandos da administração.

Como ficariam as comissões

Se aceitas as regras da administração as comissões mesmo tendo como presidentes vereadores da oposição, eles seriam em menor número (3 contra 2), e aprovariam ou recusariam tudo sem pestanejar, até as contas com apontamentos do Tribunal de Contas do prefeito Paulo Pinheiro, sendo esse um dos principais problemas futuros da administração.

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