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“Cidadania em Cena” chega a São Caetano com espetáculos gratuitos

Projeto aborda temas como sustentabilidade e socialização cultural

A cidade de São Caetano do Sul recebe no dia 26 de abril o Projeto “Cidadania em Cena”, que oferece ao público espetáculos teatrais gratuitos e oficinas de montagem artesanal de brinquedos e instrumentos musicais feitos com materiais recicláveis, as Ecobrinquedotecas. O projeto, que será realizado na Praça Linear a partir das 14h, é uma realização da Direção Cultura e do grupo No Mundo da Lua, através da Lei de Incentivo ProAC/ICMS, com patrocínio da Algar Tech.

Segundo o diretor da companhia de teatro No Mundo da Lua, Valdo Matos, o projeto busca envolver a arte e o entretenimento, estimulando a ocupação e a convivência em espaços públicos. “A ideia é ir até esses lugares, chamar a população, e usar esses espaços durante um período”, conta.

O projeto apresenta os espetáculos teatrais gratuitos “Desconcerto – Aplausos, O Sonho do Clown” e “Cada Um é Um”, ambos da companhia No Mundo da Lua. Os espetáculos, com 50 minutos de duração cada, recriam os clássicos números da clowneria do circo-teatro, e interagem com a plateia num divertido jogo de cumplicidade e delicadeza, por meio do lúdico e da cultura popular.

Com cenário confeccionado a partir de materiais reciclados, o espetáculo “Cada Um é Um” foi construído a partir de resultados obtidos nas investigações realizadas pela companhia de teatro. O universo do clown somou-se à experiência adquirida em participações em oficinas e workshops com experts da técnica do clown, como o grupo Lume (Núcleo interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP), Nani Colombaionni, Philipe Gaulier e Leris Colombaioni, último descendente de uma das mais antigas famílias de tradição do clown clássico.

Entre as apresentações são realizadas oficinas de confecção de brinquedos/jogos populares e de instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis, denominadas Ecobrinquedoteca. Segundo Zamira Nunes, coordenadora das oficinas, a ideia é despertar o olhar criativo das crianças para todo e qualquer objeto. “A expectativa é de que as pessoas se apoderem das ideias que serão levadas e as utilizem depois”, conta a coordenadora. As atividades fazem um resgate cultural e da valorização das diferentes maneiras de brincar por meio dos ecojogos, como Cabo de guerra, Jogo da Velha, Dominó, Liga Pontos, Jogo da Memória, entre outros. As oficinas ensinam, por exemplo, como fazer um pilão de jornal, bolinha de sabão com garrafa pet e dobraduras. “Nós estamos muito focados em passar para as crianças a ideia de que para brincar não é preciso comprar nada, a brincadeira existe sem brinquedos. Ou então ela pode acontecer a partir de algo que a crianças mesmo fez”, expõe Nunes.

Para Matos, do grupo No Mundo da Lua, a expectativa é de que os primeiros contatos com a comunidade sejam positivos. “Eu trabalho com teatro há 30 anos, e o contato com o público sempre foi muito proveitoso. As vezes as pessoas não gostam de certos estilos musicais, ou de arte, porque não conhecem, não tem contato”, afirma o diretor. “Todo projeto que oferece cultura, troca de informações, e principalmente a socialização das pessoas, é bem-vindo.”

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