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São Bernardo entrega 2,1 mil óculos a alunos da rede pública

Ação da Prefeitura é parte do Programa Saúde na Escola; no ano passado, cerca de 60 mil estudantes passaram por testes de acuidade visual nas escolas

Desde agosto de 2014, a Prefeitura de São Bernardo entregou óculos a 2.119 alunos das redes municipal e estadual da cidade. A medida, parte do Programa Saúde na Escola, iniciativa do Governo Federal, também faz o acompanhamento oftalmológico dos atendidos.

No ano passado, cerca de 60 mil estudantes das duas redes de ensino passaram por testes de acuidade visual nas escolas. Realizadas por profissionais de Saúde, as avaliações atingiram 100% das Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs), incluindo as classes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 17 unidades estaduais.

As avaliações de acuidade visual nas escolas são realizadas anualmente em alunos a partir dos cinco anos de idade. Nessa primeira triagem, 12 mil alunos apresentaram algum problema de visão e estão sendo encaminhados para consultas oftalmológicas. Entre agosto de 2014 e junho deste ano, foram feitas 6.468 consultas oftalmológicas nas unidades de saúde.

Layane Almeida, aluna do Centro Educacional Unificado (CEU) Regina Rocco Casa, na região da Vila São Pedro e Montanhão, diagnosticada com hipermetropia e astigmatismo, foi uma das crianças a receber óculos. “Quem notou que ela estava com dificuldades para enxergar foi a professora. Do primeiro exame até o encaminhamento para a consulta foi muito rápido. Mesmo o óculos ficou pronto em apenas 15 dias”, disse a mãe da estudante, Geane Oliveira Almeida.

O chefe do serviço de Oftalmologia da Prefeitura, Élcio Roque Kleinpul, explicou que no Centro Regional de Especialidades (CRE) Rudge Ramos o paciente realiza exame oftalmológico completo e pode sair da consulta já com a solicitação dos óculos ou com o encaminhamento para tratamento. A unidade também realiza exames e tratamentos mais complexos, como retinografias, topografia da córnea, correção cirúrgica de catarata e da hérnia de íris.

Kleinpul destacou que, em vários casos, os pacientes não imaginavam que tinham problemas de visão e não associavam essa situação ao desempenho escolar. “Isso é muito comum de acontecer, principalmente se a criança não fala que tem dificuldades de enxergar a lousa. Os pais devem estar atentos”, disse.

O oftalmologista explicou ainda que quanto mais cedo o diagnóstico da doença é feito, mais rápida é a recuperação do paciente. “Entre os casos mais comuns há o estrabismo, conjuntivite crônica e até glaucoma”, afirmou.

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