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Paulo Pinheiro joga dinheiro no lixo. Locações de veículos são um abuso.

Senado aluga carro blindado por R$ 2.366,00/mês e prefeitura de São Caetano aluga carro usado por R$ 3.900,00/mês

O prefeito de São Caetano do Sul, Paulo Nunes Pinheiro, recentemente contratou através de licitação, duas empresas do município a TB Serviços e Transpiratininga para a coleta de lixo através de locação de seus veículos bem como o aluguel de veículos para a GCM e Polícia Militar, ambas até a alguns anos atrás com vínculos familiares uma com a outra, em valores de 35 milhões de reais.

O que chama a atenção são os números astronômicos utilizados para locação de caminhões pesados que engloba a coleta de lixo, no total de 10 veículos mais 4 basculantes e outros veículos para outros tipos de serviços pesados, pela bagatela anual de 12,7 milhões de reais, sendo que o contrato de tais veículos obriga o locador a ter veículos novos, zero quilômetro e em perfeitas condições para o trabalho.

Pelo que se vê pelas ruas de São Caetano não é bem assim, os caminhões não são tão novos assim, visto que os modelos em serviço no município são os da frota de 2012, somente repintados em novas cores, diferente do que se estabelece na licitação, que teve 4 concorrentes e as duas empresas da cidade é que garantiram a fatia do bolo da locação a ser dividida.

Com os 12,7 milhões de reais destinados a locação pelo prefeito Paulo Pinheiro só para esta finalidade, daria para adquirir uma frota zero quilômetro de 40 veículos pesados por ano e com direito ainda a manutenção de baixo custo, pois como seriam veículos novos teriam garantia de fábrica com alguns equipamentos tendo garantia estendida de até cinco anos. Não seria o caso de a prefeitura adquirir os veículos em vez de alugá-los por um valor tão acima da média?

São detalhes que o MP – Ministério Público não tem, por isso permite tal descalabro, gerando gastos públicos desnecessários e permitindo que o prefeito Paulo Pinheiro jogue dinheiro público no lixo.

Engana-se talvez o vereador Pio Mielo quando disse em redes sociais: – “… o próprio MP considera que a compra de veículos não é a melhor opção para serviços essenciais, como viaturas da GCM, ambulâncias e carros de apoio de limpeza urbana (….) em termos de investimentos, o que pagamos na média de R$ 3.900,00 por veículo mês, está coerente com valores de mercado e a cidade ganha”.

Acreditamos que o próprio vereador não tenha acompanhado a licitação, ou tenha confundido números, pois a licitação fala-se em mais de 35 milhões de reais/ano com locação de veículos da GCM, PM e coleta de lixo, – este último na casa dos 12,7 milhões com apenas 24 veículos pesados, fora os veículos e motocicletas locados das mesmas empresas para uso da GCM e PM.

35 milhões de reais em locações divididas entre duas empresas co-irmãs de São Caetano - TB e Transpiratininga

Será que o Ministério Público teria a mesma visão e opinião se tivesse os números e valores para a compra e valores para a locação de veículos? Acreditamos que a licitação teria sido barrada automaticamente.

O que os vereadores da situação pensam a respeito? Ao que tudo indica, é que eles jamais farão qualquer coisa para barrar as licitações, mesmo tendo a maioria absoluta na Câmara.

Custos da locação de 10 caminhões com compactador de lixo e outros 14 equipamentos pesados do mesmo porte com carroceria pela Transpiratininga = R$ 12,7 milhões de reais/ano ou equivalente a média de R$ 530 mil reais/ano para cada veículo, enquanto que a TB Serviços ficou com os contratos de locações de veículos leves.

Se compararmos o custo para a compra de cada caminhão do modelo 1723 utilizado pela prefeitura na empresa Ford, mais o compactador de 15m³, todos novos, o custo de cada caminhão completo de lixo, sairia pela bagatela de R$ 260.588,14 e com carroceria normal o custo cairia por volta de R$ 210.588,14.

Com o custo somente das locações de um ano, a prefeitura poderia comprar uma frota de 38 caminhões e com garantia de fábrica de média de cinco anos (se fossem através de leasing, no final do contrato a prefeitura teria os veículos leves e pesados), estes valores são para carros zero quilômetro, se fossem adquiridos veículos relativos aos do mesmo ano que estão utilizando, o custo seria bem menor segundo a empresa LOPAC, sairia por 143 mil reais cada unidade ano de 2012 e com garantias.

Para não cair nas armadilhas da locação, mais recentemente a prefeitura de Passo Fundo – Rio Grande do Sul, adquiriu através da CODEPAS – Companhia de Desenvolvimento, veículo similar aos locados em São Caetano por R$ 503 mil reais/ano por apenas R$ 275 mil reais.

Fiscalização do Ministério Público

Entre um contrato e outro a mesma família detentora de duas empresas – TB Serviços e Transpiratininga, detém em números 35 milhões em contratos de locação e monitoramento de veículos, dinheiro público suficiente para comprar duas vezes a frota alugada no período compreendido entre 26 de junho de 2015 e 26 de junho de 2016. Será que o Ministério Público aliado aos vereadores (se eles quiserem é claro), não conseguiriam barrar estes contratos ou pelo menos rever seus números?

É o que a população está esperando dos vereadores (19), principalmente a maioria deles que estão fazendo vistas grossas para estes contratos e não acionam a justiça para saber da legalidade deles.

Senado paga bem menos por locações blindadas: 50% a menos nos valores

Enquanto o prefeito Paulo Pinheiro gasta milhões em locações de carros não tão novos, cerca de 3,9 mil reais/mês segundo o vereador Pio Mielo do PT de São Caetano, em contra partida o Senado federal, fonte Folha de São Paulo de quarta-feira (9), gasta para locação de veículos blindados, no total 81, Renault Fluence ano 2015/2016, um para cada Senador da República, a bagatela de R$ 2.366, 00 mês/veículo e se baterem o pé, a locação poderia sair por R$ 1.955,00 mês/veículo.

Será que a população e os próprios vereadores não se envergonham de não cobrar uma postura mais transparente do prefeito nas licitações, em vez de querer vingar-se do ex-prefeito com recursos municipais?

São atitudes como esta que estão colocando o município em situação caótica em seu orçamento anual. O orçamento será sempre pequeno para a atual administração, pois também aumenta o tamanho do ralo por onde está saindo o dinheiro.

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