A entrevistada desta semana é a Vice-prefeita de São Caetano do Sul e Educadora Lucia Dal’Mas do PRTB, que conta um pouco dos problemas do município na área da educação, onde a administração tenta tapar o sol com a peneira e nada resolve há quase três anos.
Lima Filho – Lucia, o povo já está cansado com tantos desmandos nas prestações de contas por parte da atual administração e sabemos da sua luta por transparência, haja vista que mesmo contra Moinhos de Vento, foi à CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO – CGU saber como as coisas devem funcionar.
Lucia Dal’Mas – Realmente fui à Brasília e na CGU ficaram espantados como as coisas aqui não funcionam. E nos perguntaram: E o Ministério Público o que faz? Lima, a gente fica sem resposta, pois não sabe o que falar.
L.F. – Como o povo ficara sabendo da verdade nos escândalos que envolvem Saúde, Esporte e Locações de Veículos? Porque não aciona o Ministério Público?
L.D. – Você e outro munícipe qualquer tem a mesma força que eu para entrar com uma denuncia no Ministério Publico ou Tribunal de Contas, mas tudo para e não conseguimos desvendar nada.
L.F. – Então está havendo trafico de influência?
L.D. – Isso não posso dizer, pois, desconheço os trâmites… mas as coisas não funcionam e ficamos de mãos atadas.
L.F. – Então vamos continuar com assuntos relevantes de interesse popular engavetado e vão continuar empurrando com a barriga?
L.D. – O que eu vi lá em Brasília conversando com pessoas é que em suas Cidades o Observatório funciona e tudo que é solicitado, é atendido. Por aqui nada funciona. Estive na CGU e na próxima semana vou à São Paulo atrás de informações pra eu começar a barrar. Não que o Observatório seja politico, pois sua função é verificar essas licitações, mas como ignoram a tudo e a todos, ficam só observando!. Eu concordo quando a população diz que eu só trago o problema e não trago a solução. Mas de que adianta eu levar uma solução, se o prefeito não aceita? – Quer um exemplo: Saiu no jornal Diário do ABC, nos editais, que vai ter um Pregão para construção de uma Escola Infantil ao lado do Pronto Socorro. Precisamos de Escolas? Sim! – Pois temos grande demanda de alunos. Agora dizer que os alunos estão todos dentro da escola de educação infantil… Não! Os menores estão começando agora na escola. Não foram antes por falta de professores em sala de aula! As mães estavam reclamando muito comigo que a Assistente Social não faz visita, e as vagas nunca saem.
L.F. – Mas porque vice-prefeita?
L.D. – Porque não tinha onde colocar essas crianças, onde um pequeno espaço conseguiria acomodá-las. Só que as classes estão lotadas! Então precisa de escola? Sim! Mas pasme! – Eles vão construir onde é um estacionamento, que no período de chuva quem usa pra guardar os carros é o Pronto Socorro, pois alaga tudo embaixo do prédio, que foi escavado para ser um piscinão. São verbas distintas? Sim! Mas seria melhor resolver esse problema se fazendo o piscinão, ai se resolve o problema de estacionamento do PS, pois vão colocar os carros onde se lá vai ter uma escola também? – E como será o acesso pra se chegar à Escola e ao Hospital? Mais uma vez… são verbas distintas? Sim! Mas será que não tem dinheiro pra se resolver esse problema? – ou vão esperar as chuvas torrenciais de janeiro, fevereiro e março?
L.F. – Mas qual seria a solução?
L.D. – Pode se fazer um trabalho paralelo, enquanto se constrói a escola se resolve o problema do Piscinão, pois já tem uma estrutura, e vai ficar parado por quê? É tudo uma questão de gestão e competência administrativa.