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‘Tigresas’ saem das escolinhas para ganhar o mundo da bola

Os campos de terra espalhados pela cidade já revelaram grandes craques do futebol, como Mauro Silva, Juninho Paulista, Ronaldão e Denilson, entre outros tantos. Mas agora as mulheres também começam a despontar para o mundo. Casos de Beatriz Ferreira de Menezes e Rafaela Andrade, ambas com 18 anos e que passaram pelas escolinhas do Projeto Tigrinho. As duas integraram a Seleção Brasileira que conquistou o hepta-campeonato do Sul-Americano Sub-20, realizado em Santos e que terminou no começo de dezembro.

Moradora do Jardim Ipê, a zagueira Beatriz começou na escolinha do Batistini: “Como era muito longe da minha casa, logo mudei para o Lavínia. Sempre joguei no meio de muitos meninos, mas sempre fui respeitada”, recorda.

No total foram quatro anos nas escolinhas do Tigrinho. Depois de rápida passagem pelo time feminino do São Bernardo, Beatriz foi para o Centro Olímpico de São Paulo. Esta foi sua terceira convocação para integrar a Seleção Brasileira, a segunda pelo Sub-20. “Minha meta agora é chegar à categoria principal e conquistar o mundo”, planeja.

A volante Rafaela é a outra “batateira” na seleção. Moradora do Alvarenga, aos 9 anos entrou para a escolinha e hoje joga profissionalmente pelo São Bernardo. Segundo ela, o apoio da família foi fundamental: “Passei por muitas dificuldades, e em alguns momentos até pensei em desistir. Mas tenho muita fé e acredito que, com perseverança e força de vontade, podemos superar qualquer obstáculo. Estou muito feliz, pois sempre sonhei em chegar à Seleção Brasileira.”

O Projeto Tigrinho, desenvolvido por meio de parceria entre a Prefeitura e o São Bernardo, atende cerca de 6,5 mil meninos e meninas entre 6 e 16 anos, que treinam em 31 campos espalhados pela cidade.

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