Nas férias dos pequenos, uma das maiores preocupações dos pais é o gasto com materiais escolares. A exploração por parte de algumas escolas fez a presidente Dilma Rousseff sancionar a lei 12. 886/2013, que proíbe as instituições de incluir nas listas materiais de uso coletivo, ou seja, aqueles que não são de uso individual do aluno. Assim, fica proibido pedir papel higiênico, álcool, flanela e outros produtos administrativos, de consumo, de limpeza e higiene pessoal.
Patricia Lages, especialista em finanças e autora do livro Virada Financeira, publicado pelo selo Vida Melhor, da editora Thomas Nelson Brasil, é ótima fonte para falar sobre o assunto. Confira abaixo algumas dicas dela para economizar nas compras:
1. Não comprar a lista do ano de uma só vez: é importante verificar na escola quais materiais o aluno usará no primeiro bimestre e focar na compra destes. Passada a correria da compra de materiais, a tendência é que os preços baixem. Não é legal comprar tudo de uma vez e parcelar o pagamento. O segredo está em fazer exatamente o contrário: comprar aos poucos e à vista.
2. Cuidado com formatos “moderninhos” ou personagens: eles encarecem demais os preços de produtos que têm a mesma finalidade. É possível, por exemplo, encontrar um caderno capa dura de 96 folhas com um personagem por R$ 22,90 e outro idêntico, mas sem o personagem, por R$ 5,70. São mais de 400% de aumento quando vem com o personagem na capa!
3. Levar o filho às compras: muitas mães optam por deixar os filhos em casa na hora de comprar o material escolar para evitarem a choradeira ou os pedidos de coisas caras. Mas o ideal é aproveitar esse momento para ensiná-los que economia e boa gestão financeira significam fazer boas escolhas. Não é deixar de comprar ou passar necessidade, mas saber o que é possível comprar e o que não vale à pena (mesmo que se possa comprar).
4. Reaproveite tudo o que for possível: comprar uma caixa de lápis de cor nova só porque mudou o ano não tem sentido. Dar uma mochila nova, quando a do ano passado ainda está ótima, também não. As escolas não podem exigir produtos novos.
5. Meritocracia: que tal condicionar o material novo às boas notas? Isso pode ser um incentivo para que os filhos estudem e saibam que, para ter algo, não basta pedir, mas é necessário fazer algo.
6. Uniforme escolar: o ideal é comprar só o que os filhos vão realmente usar, otimizando o uso. Por exemplo, em vez de comprar a camiseta de verão e a de inverno (com o emblema da escola), compre apenas a de manga curta e, nos dias frios, coloque uma normal por baixo.
7. Taxas extras: não é permitido que a escola cobre nenhuma taxa extra para material a ser comprado. Todos os materiais devem estar presentes na lista e qualquer taxa extra é ilegal.
Patricia Lages é jornalista e atua na área de comunicação há 24 anos.
No início da carreira, criava textos e planos de patrocínio para pro-gramas de TV. Mais tarde, entrou no ramo editorial, trabalhando no Brasil, na Argentina, na Inglaterra e em Israel. Em dezembro de 2014, Patricia foi convidada palestrar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, contando os segredos para um projeto de sucesso, baseada em seu best seller Bolsa Blindada. Atualmente, vive com seu marido, o fotógrafo Wel Calandria, em São Paulo, onde desenvolve projetos editoriais para clientes e agências de publicidade.