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Bonome secretário de governo de Paulo Pinheiro citado na Lava Jato

A mais recente investida da Polícia Federal, agora na denominada Operação Acarajé, na empresa com sede em São Paulo da construtora e empreiteira multinacional Odebrecht na última terça-feira, 22, acabou por localizar e revelar arquivos e documentos que envolvem cerca de 200 nomes de políticos conhecidos nacionalmente, que a empresa mantinha relacionamentos.

São inúmeras planilhas com os nomes de políticos e verbas que supostamente tenham recebido durante muitos anos e que agora são desvendados pela ação conjunta do Ministério Público Federal do Estado do Paraná com sede em Curitiba, que também podem culminar no final, o envolvimento da atual presidente Dilma Roussef e o ex-presidente Lula da Silva, em manobras para receber propinas e benefícios ilegais da Petrobrás através de contratos com multinacionais instaladas no Brasil, bem como com sedes em outros países.

Inúmeros políticos indicados para cargos chave da Petrobrás e envolvidos em corrupção, já estão presos e cumprindo penas num total de quase mil anos, nos dois anos da operação Lava Jato.

Várias fases já foram cumpridas da operação com sucesso pela equipe da Polícia Federal e Ministério Público Federal comandado pelo juiz Sergio Moro de Curitiba.

Agora na nova fase denominada de “Acarajé”, com delações premiadas dos principais diretores da construtora Odebrecht, sendo que um deles Marcelo Odebrecht já foi condenado a 19 anos recentemente, achou que estava na hora de outros diretores e da presidência da empresa abrir seus arquivos pessoais e acervos de contabilidade paralela, onde a Polícia Federal teve acesso e divulgou a listagem de cerca de 200 nomes de políticos conhecidos de todo o país e da região do Grande ABC.

Os documentos do acervo estavam em poder do presidente da empresa Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior e vai servir de parâmetro para a Polícia Federal descobrir quem é quem nos jogos institucionais envolvendo várias empresas que mantinham e mantém contratos milionário com o governo federal. De acordo com operadores da Lava Java, é prematuro falar que os nomes citados nas planilhas são de pessoas que praticaram algum crime, pois também há a possibilidade de serem doações normais em campanhas eleitorais, um dos motivos que o Juiz Sergio Moro pediu guardar sigilo imediato da lista depois do vazamento, a fim de resguardar a identidade de políticos com foro privilegiado.

No acervo e na planilha estão inúmeros políticos listados inclusive do Grande ABC, entre eles os prefeitos Luiz Marinho de São Bernardo do Campo – amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do super secretário de São Caetano – Nilson Bonome, que sempre falou ter amizade estreita com o atual vice presidente Michel Temer, deputada Vanessa Damo, prefeito de Mauá Donizete Braga e o pré candidato em Mauá Deputado Átila Jacomussi, dentre muitos outros.

Não se sabe ainda qual o motivo desta lista que está em posse da Polícia Federal e Juiz Sergio Moro, visto que é no mínimo estranha a construtora Odebrecht tê-la em arquivo secreto em contabilidade paralela e o por que foram feitos estes repasses. Fonte: Folha de São Paulo.

Fase Xepa

Na fase anterior da Lava Jato denominada “Xepa”, foi preso coercitivamente pela PF, para depor num prazo de cinco dias, o diretor geral da empresa de propaganda Sotaque Brasil – Oliveiros Domingues Marques Neto – que mantém contratos com inúmeras autarquias municipais e prefeituras petistas do ABC, inclusive a de São Bernardo do Campo.

O super secretário de São Caetano Nilson Bonome, que já atuou em várias pastas ao mesmo tempo veio para a cidade a pedido do prefeito paulo Pinheiro pois teria fácil acesso entre o atual vice presidente Michel Temer do PMDB e Luiz Marinho - prefeito de São Bernardo que além de ser citado nesta fase da Operação Lava Jato, tem como contratante em licitação a empresa Sotaque Brasil de Propaganda cujo diretor também foi preso recentemente para prestar depoimento na Polícia Federal em outra fase da Lava Jato - a Operação Xepa.

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