Mais uma vez a cidade de São Caetano vira notícia. Só nos últimos três anos, o município ganhou destaque negativo inúmeras vezes e a maioria dos vereadores se calaram diante de fatos que mudaram de vez a vida de toda a população.
São fatos que jamais poderiam passar despercebidos pela justiça e muito menos por quem de direito deveria fiscalizar os atos do prefeito Paulo Pinheiro e não o fizeram corretamente.
Desde o primeiro momento, o Ministério Público já que não se consegue instalar uma CPI na Câmara porque o número de vereadores da situação supera e em muito o número de opositores, deveria ter se movimentado para coibir atos administrativos do prefeito e seu secretariado que fazem o que bem entendem e não se põe um freio em desmandos que estão afundando o município.
Já teve problemas gravíssimos na entrega de uniformes escolares, inclusive com empresa suspeita de superfaturamento; o desabastecimento de remédios em todas as UBSs, compra e destruição de medicamentos comprados com prazo vencido e incinerados; contratação de médico que não era médico e procurado pelo FBI, verbas de publicidade distribuída a jornais mediante a publicação de matérias iguais beneficiando a administração, empresa de 4 meses que ganhou licitação de 12,6 milhões em publicidade; licitação e contratação de empresas para locação de veículos com custos milionários, varrição de rua com contrato milionário feito recentemente; merenda escolar cara e de baixa qualidade para as crianças matriculadas nas escolas municipais e agora por último, o superfaturamento de medicamentos.
Esta denúncia feita no último dia 02 e reprisada dia 03/05 terça-feira, pelo SBT – Sistema Brasileiro de Comunicação, mais uma vez ridiculariza a administração Paulo Pinheiro e seus secretários, – e coloca o município na rota das cidades com mais escândalos administrativos do país.
O superfaturamento é uma acusação gravíssima contra a administração de Paulo Pinheiro que paga mais de 500% a mais em alguns medicamentos e ainda há falta dos mesmos nas UBSs do município.
Será que os remédios mesmo comprados com alto custo em comparação feita pela reportagem do SBT com a cidade de Atibaia, estariam chegando à cidade? – visto que na rede onde deveriam ser encontrados não tem segundo os próprios funcionários da secretaria de Saúde do município.
São questionamentos gravíssimos levantados pela emissora, assim como o dos fantasmas mantidos pela administração, que o secretário de Governo Nilson Bonome não soube explicar e que podem estar ainda na administração escondidos em outros cargos.
Mas este não é o caso em foco, agora são o superfaturamento de medicamentos e sua inexistência nas UBSs, que deverá ganhar ênfase no Ministério Público Estadual através da promotora Marisa Rocha Deshoulieres, que disse irá promover investigações e poderá até abrir inquérito de improbidade administrativa contra o prefeito Paulo Pinheiro pela irregularidades.
A reportagem comparou alguns valores de medicamentos comprados pela Administração Paulo Pinheiro em São Caetano e pela Administração da Cidade de Atibaia, que comprou em quantidade bem menor dos laboratórios, pagando também o custo bem menor em relação ao comprado por São Caetano.
Medicamentos mais comuns comprados por São Caetano da Medic Center Distribuidora de Produtos Hospitalares e Haelthenica Produtos Hospitalares Ltda – como Carvedilol por R$ 0,39 por comprimido, o município de Atibaia paga R$ 0,07 o equivalente a mais de 500% de diferença no custo, enquanto que uma luva cirúrgica custa para São Caetano R$ 1,50 e Atibaia, R$ 0,70, outros medicamentos como Cloreto de Sódio a R$ 3,10 e Atibaia a R$ 1,74, Metoclopamida a R$ 0,40 e Atibaia a R$ 0,29 – esse são apenas alguns dos mais de 500 itens comprados pela administração Paulo Pinheiro que estão superfaturados.
Fora o pagamento de valores acima do mercado para grandes lotes, ainda falta no município alguns dos medicamentos que segundo os funcionários que atenderam a reportagem não souberam explicar o motivo da falta nas prateleiras das farmácias das UBSs do município.
Outro item que chama a atenção no contrato com as empresas é uma possível prorrogação dos contratos por mais cinco anos além de um aditamento em 25% acarretando um aumento ainda maior dos valores para os próximos, já não bastando estarem super-faturados.
Diante dos fatos apresentados, na última sessão da Câmara foi levantado o pedido de CPI pelo vereador Edison Parra e ganhou a adesão de mais três vereadores o que é insuficiente para que a Câmara investigue se há alguma irregularidade nas compra supra citadas.
Seria também conveniente a população começar a questionar ainda mais os vereadores, diante de fatos tão graves que está a ocorrer na cidade e nada é feito em nenhuma das sessões, a não ser fazer citações e condecorações a amigos.