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SBC amplia vagas em albergue para atender moradores de rua

Em razão das baixas temperaturas dos últimos dias e do aumento em cerca de 30% na procura por abrigo, a Secretaria de Desenvolvimento Social de São Bernardo ampliou o acolhimento à população de rua. O serviço de abordagem, que já ocorre diariamente entre 8h e 23h, passará a ser 24 horas (das 7h às 7h, com duas equipes) em toda a cidade. O reforço nas ações só termina dia 31 de agosto, com o encerramento da “Operação Aquece, protegendo vidas”, iniciada dia 1º.

A equipe de abordagem terá oito educadores, quatro em cada período. O atendimento será reforçado com equipes dos programas “Crack, é possível vencer”, da Guarda Civil Municipal, Consultório na Rua (Secretaria de Saúde) e de educadores da Fundação Criança. Na semana passada, a Prefeitura já havia aumentado de 150 para 180 o número de vagas no Centro de Acolhida (albergue), situado na Rua dos Vianas, 194, no Centro – fone: 4432-8524. A Administração também oferece 30 vagas no Riacho Grande. Em ambos, o funcionamento é 24 horas e os frequentadores recebem atendimento psicossocial.

A Sedesc também criou 48 vagas em regime emergencial para o caso de necessidade em suas dependências (Avenida Redenção, 271, Centro). Em todos esses locais as pessoas têm como cuidar da higiene pessoal, se alimentar e pernoitar.

O serviço de acolhimento visa assegurar atendimento especializado voltado à reinserção social, por meio do resgate de novos vínculos interpessoais, familiares e comunitários. No albergue também são oferecidas atividades de convivência e oficinas culturais.

As regras para o acolhimento são: ser maior de 18 anos e estar em situação de rua no município e ser acompanhado após registro no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP). São três as formas de acesso ao acolhimento: aquele feito na abordagem de rua pelas equipes de atendimento social, procura espontânea pelo albergue ou encaminhamento da rede de atendimento ao Centro POP.

Nas abordagens, além dos aconselhamentos, os educadores orientam os moradores de rua sobre os riscos de morte em função da queda na temperatura nesta época do ano.

De acordo com Deyse Andrade Campos, coordenadora do Centro POP, o aumento na demanda ocorre não apenas em razão do frio, mas também porque pessoas de outras cidades da região e da Baixada Santista buscam o serviço, por ser referência em bom atendimento na região.

Ainda segundo Deyse Andrade, mesmo com a queda brusca nas temperaturas (a cidade chegou a registrar mínima de 3 graus na madrugada de domingo), em São Bernardo não houve registro de mortes por hipotermina. “O IML (Instituto Médico-Legal) sempre nos comunica quando há óbitos dessa natureza.”

Ainda conforme a coordenadora, muitas pessoas negam o acolhimento porque não aceitam seguir as regras de comportamento e convivência exigidas pelo serviço.

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