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Todo mundo é Naïf na 13ª Bienal Naïfs do Brasil do Sesc Piracicaba

Mais de 120 obras de 22 estados foram selecionadas para esta edição da Bienal que traz a vida cotidiana, os costumes e a religiosidade de várias regiões do País sob a ótica da arte popular

O Sesc Piracicaba abre em agosto a 13ª edição da Bienal Naïfs do Brasil com o tema Todo mundo é, exceto quem não é. A mostra traz 126 obras de 86 artistas de todas as regiões do País que retratam cenas da vida cotidiana com sofisticada simplicidade. A curadoria é de Clarissa Diniz, Claudinei da Silva e Sandra Leibovici que analisaram 948 trabalhos de 474 inscritos, vindos de 25 estados brasileiros.

Um universo plástico muito especial no mundo da arte e com significativa importância simbólica e cultural mostra um Brasil múltiplo e diverso, representado com cenas rurais e urbanas e manifestações próprias de algumas regiões do país. Formas artísticas sem a rigidez e formatação de uma arte acadêmica foram retratadas em diferentes suportes como o uso de tela e tinta, metal, papelão, plástico, tecido e madeira na expressão da xilogravura e na escultura.

“Ao provocar que Todo mundo é, exceto quem não é, o projeto desta Bienal e mais especificamente a exposição, colocam ‘o Naïf’ como condição generalizada com a intenção de deixar de lado a “questão de ser ou não ser Naïf” para constituir tramas de relações entre artistas diversos. Essa convivência permite experiências poéticas, estéticas e políticas que se misturam e se diferenciam incessantemente”, define uma das curadoras da Bienal, Clarissa Diniz.

“Todo mundo é, exceto quem não é, título proposto pela curadora Clarissa Diniz tem múltiplos sentidos e leituras. Ele é irônico, provocativo e até perturbador como, aliás, são também muitas das obras de artistas participantes dessa mostra. No entanto, o título contém um desafiador convite à inclusão e à aceitação mais radical desse outro que nos é apresentado a partir dessas manifestações de caráter artístico”, complementa o curador, Claudinei da Silva.

A 13ª edição da Bienal Naïfs do Brasil do Sesc Piracicaba, dá sequência ao conjunto de mostras tradicionalmente realizadas na cidade do interior de São Paulo. Mais uma vez a Bienal apresenta ao público, questões que ao longo dos 30 anos da existência do evento têm inquietado críticos, historiadores, educadores, curadores e todos que, por um motivo ou outro, tenham tomado contato com essas exposições.

Em 2016, o Sesc Piracicaba teve um acréscimo de 30% de inscrições em relação a 2014. Das obras inscritas, 28 são da região Norte, 74 do Sul, 92 do Centro-Oeste, 154 do Nordeste e 600 do Sudeste do País; das selecionadas de 22 estados brasileiros – Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe – foram premiadas: quatro de Destaque Aquisição, cinco de Incentivo e 12 receberam Menções Honrosas do júri de premiação formado por Fabrício Lopes, Julieta Machado e Valéria Laena.

Além das obras selecionadas a exposição conta também com 59 trabalhos de 25 artistas contemporâneos convidados pela curadoria, e prevê a realização de programa de ações educativas, uma biblioteca, oficinas, residência artística e a elaboração de uma série de documentários, sob a curadoria de Clarissa Diniz e Claudinei Roberto.

Serviço:
Bienal Naïfs do Brasil 2016
Realização: Sesc
Curadores: Clarissa Diniz, Claudinei da Silva e Sandra Leibovici
Abertura: 19 de agosto, sexta-feira, às 20h
Período: 20 de agosto a 27 de novembro de 2016
Local: Sesc Piracicaba
Rua Ipiranga, 155 – Centro – Piracicaba, SP
Tel. (19) 3437-9292
Horários: Terça a sexta-feira, das 13h15 às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h
Número de obras: 185 entre selecionadas e artistas convidados
Técnicas: Acrílica e óleo sobre tela, xilogravura, escultura, bordado livre à mão, entalhe em madeira, mistas, aquarela, entre outras
Dimensões: Variadas

Imprensa:

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