A primeira denúncia contra a Rango foi feita pelo Jornal Imprensa ABC em março de 2016, quando tivemos acesso aos documentos da licitação e da empresa, inclusive sua única sócia até a presente data, sendo em seguida representada através de ação popular pelo advogado Adauto Reggiani
O Tribunal de Justiça não acolheu o recurso apresentado pela empresa de publicidade Rango, que tem um contrato com a Prefeitura no valor de R$12.622.500,00 suspenso pela Justiça por irregularidades no processo de licitação.
Segundo o advogado Adauto Reggiani, autor da Ação Popular que pediu a suspensão do contrato e a devolução de qualquer valor que tenha sido pago por conta desse contrato, a contratação da empresa foi vergonhosa, e trata-se de uma falcatrua armada para desviar dinheiro público.
Tratava-se de uma ME (Microempresa) que foi adquirida pela sra. Renata Poletti de Souza, que trabalhava para a CIN Comunicação (entenda-se irmãos Cavassani), que tem contratos com a Prefeitura, após a publicação do Edital, foi transformada para EPP e mesmo assim seu capital social era baixo para uma contratação de mais de 12 milhões. Além disso, não tinha como comprovar a capacidade técnica.
Segundo ele, “além da questão legal, essa contratação é uma vergonha e fere o principio da moralidade administrativa, pois o prefeito reclama tanto da falta de recursos e aí queria gastar mais de 12 milhões em publicidade. Esse valor daria pra conceder 1.200 bolsas de 100% na USCS”.
Em decisão preliminar, o relator do recurso negou o efeito suspensivo pretendido pela empresa Rango e já adiantou em seu relatório que a empresa não poderia ter sido contratada para um contrato de 12 milhões.
Entenda o caso
A empresa Rango foi adquirida por Renata Poletti na época pela quantia de R$ 500,00, a empresa tinha sede na rua Correia Dias, no bairro Paraiso em SP, – sendo transferida em seguida para a rua Manoel Coelho – Centro – SCS, sendo então transformada em agência de propaganda (a empresa não exercia estas funções antes deste período, era prestadora de serviços de confecção de camisetas e troféus), depois de aberta a licitação pela Secretaria de Comunicação de São Caetano. De posse da nova proprietária única, o capital social foi aumentado para R$ 210 mil reais para participar da concorrência e transformada em uma EPP, sendo que até hoje não apresentou sequer seu segundo sócio no contrato social que continua em aberto.