O atraso na resposta da administração Pinheiro, dava a impressão de que eles não iriam fazer a transição de governo, e caso isso ocorresse poderia causar sérios problemas ao futuro governo e a população por falta de serviços essenciais
Quase um mês depois das eleições municipais em São Caetano, que definiu o candidato José Auricchio Júnior do PSDB, como o mandante da prefeitura para os próximos quatro anos a partir de janeiro de 2017, e dois ofícios enviados a prefeitura municipal, o prefeito Paulo Pinheiro resolveu por fim a esta pendenga jurídica que poderia prejudicá-lo e marcou o início da transição de governo para o próximo dia 8 de novembro a partir das 10 horas da manhã, 35 dias depois das eleições.
A transição de governos municipais é prevista pela lei federal nº 10.609, de 20 de dezembro de 2002 e o Decreto nº 4.298, de 11 de julho de 2002 que determinam e detalham os meandros do processo. Não é uma lei punitiva ao prefeito que não a fizer, mas ninguém quer correr o risco, por isso a demora de sua definição.
A comissão de transição do prefeito eleito José Auricchio já está formada desde o dia 08 de outubro e tem como membros o professor Silvio Minciotti, a médica Adriana Beringer Stephan; o engenheiro e ex-vice-prefeito Iliomar Darronqui; a advogada Fabiane Vigilio Galarraga e o administrador e ex-chefe de gabinete de Auricchio na última administração, Rodrigo Toscano.
O silêncio da administração em todo este período, deu a impressão que o prefeito Paulo Pinheiro não tinha interesse em fazer a troca de informações.
Caso isso ocorresse, os serviços públicos de São Caetano poderiam entrar em colapso logo nos primeiros dias da próxima administração prejudicando ainda mais a população carente do município, pois muitos serviços públicos não poderiam ser interrompidos, pois são contínuos.
Vão representar o atual prefeito no processo o secretário de Governo, Nilson Bonome, coordenador da equipe, que tem como membros Ana Maria Giorni Caffaro, secretária de Assuntos Jurídicos, Marco Antonio Iamnhuk, Procurador-Geral do Município, e Lázaro Roberto Leão, diretor administrativo da Fundação Municipal de Saúde (Fumusa).
Outro fato que está chamando a atenção é a possibilidade da administração Paulo Pinheiro não reeditar e publicar lei de autoria do ex-prefeito Luiz Tortorello, que exonera todos os funcionários comissionados a partir do dia 31 de dezembro e deixar que o próximo prefeito José Auricchio, execute esta ação, beneficiando por mais alguns dias os funcionários da atual administração, muitos deles ainda não exonerados, como são os casos dos funcionários fantasmas, os que foram denunciados pela reportagem do SBT e não foram demitidos, e ainda receberam benefícios e mudaram de secretarias com salários superiores.