A cidade de São Caetano do Sul sangrou nesses últimos quatros anos com a inoperante gestão do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). Uma administração pública que segregou a participação popular no governo, afastando lideranças comunitárias e políticas locais não apenas do convívio com as coisas públicas, mas no trato das questões de desenvolvimento do município; em detrimento de espaços preenchidos por pessoas de fora do município as quais estavam apenas envolvidas e muito distante de um comprometimento com a construção do futuro da cidade.
Houve nesse mandato pinheirista uma verdadeira desconstrução de nossas políticas públicas, assim como deterioramento da administração pública e decomposição da qualidade dos serviços prestados aos munícipes.
Ao afastar a população das questões públicas, houve redução do nível de transparência do governo e aumento da incidência de denúncias de corrupção, como gastos excessivos e não justificados do dinheiro público e contratação de funcionários fantasmas, como já denunciados por veículos de imprensa. A prova cabal do fechamento das portas para os munícipes está caracterizada pelo fato do único órgão oficial do governo voltado a participação popular nunca ter se reunido, refiro-me ao Conselho Municipal de Cidadania e Participação Social (COMCIPAS).
A incúria do governo pinheirista deixará um rastro de destruição na cidade, como dívidas e restos a pagar milionários, deixando os cofres públicos sem dinheiro para investimentos e até mesmo para o custeio dos serviços básicos.
É nesse cenário de um trem fora dos trilhos que o prefeito eleito, José Auricchio Jr. (PSDB), tende a assumir a prefeitura a partir de 2017.
Para retomada da reconstrução de São Caetano, Auricchio precisará do apoio da população e das instituições, onde certamente restabelecerá o funcionamento dos canais de participação popular e trará a voz das ruas para dentro da administração pública; ouvindo os anseios populares e definindo de forma consensual e democrática as prioridades a serem enfrentadas numa conjuntura econômica de imensas dificuldades e total imprevisibilidade.
Com sustentação popular é a vez consolidar o apoio dos vereadores em torno de um projeto de desenvolvimento amplo para o município. A Câmara Municipal precisa resgatar o seu prestígio junto a população, e para isso é necessário que o futuro presidente modernize a Casa de Leis, abrindo à participação popular, investindo em tecnologia e gestão. Os edis precisam restaurar a vitalidade do parlamento com proposituras e atuação qualitativa.
Com apoio popular e sustentação do Poder Legislativo, é a vez de buscar recursos financeiro nas mais diversas parcerias que se possa construir; focando a importância de se elaborar projetos para obtenção de recursos federais e estaduais, e junto as parcerias público privadas.
A nível regional é imprescindível uma sinergia com o Consórcio de Prefeitos do Grande ABC na busca da implementação de políticas públicas de interesse comum, voltado a infraestrutura urbana, saúde, educação e segurança pública.
O que se espera de Auricchio é o resgate das origens de São Caetano ao nível qualitativo de cidade que nunca deveríamos ter perdido. O capital intelectual e humano dos munícipes deve ser valorizado na administração pública, diferente do governo pinheirista que afastou as lideranças comunitárias e a classe política local da construção dos destinos de São Caetano.
Uma cidade só se transforma com força dos seus moradores.
Boas Festas e um feliz 2017 a todos!
Elísio Peixoto – Presidente da Associação dos Amigos de São Caetano do Sul, dirigente municipal do Movimento Voto Consciente São Caetano e Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral