Na última terça-feira (17), o prefeito Paulo Serra vistoriou o equipamento público que ele considera símbolo da irresponsabilidade da gestão anterior: a Sabina Escola Parque do Conhecimento. O espaço, localizado na Vila Assunção, foi fechado para o público em dezembro de 2016 pela antiga administração, porém desde abril do ano passado já enfrentava sérios problemas estruturais e redução de quadro de funcionários, operando parcialmente. Em face à impossibilidade de funcionamento, a nova administração presenteará o município com a reabertura da Sabina, com data prevista para abril, reestruturada e com novidades para a população.
Entre os vários problemas encontrados na vistoria está o encerramento e a não renovação de contratos imprescindíveis para manter o atendimento. A equipe do Planetário e Teatro Digital Johannes Kepler, o mais moderno da América Latina, estava sem receber os dois últimos meses de 2016. Os funcionários contratados da empresa responsável pelo serviço, IPRODESC, já tinham sido cortados pela metade no meio do ano e agora restam apenas oito, que estão desempenhando suas funções voluntariamente.
Além dos pagamentos, o planetário possui problemas em sua estrutura como cadeiras quebradas e vazamento no teto, o que prejudica e põe em risco a conservação dos equipamentos eletrônicos. Segundo a equipe gestora da Sabina, foi feito o orçamento para solucionar o problema de vazamento oito vezes no último ano, porém não foi aprovado em nenhuma delas.
Nem mesmo os reparos menores puderam ser feitos nas atrações, uma vez que a empresa IFEC, responsável pela manutenção, também encerrou o contrato, em abril. Além dos serviços de conservação, a empresa era responsável também por toda a monitoria do espaço Ciências e Tecnologia, o que acabou fechando todo o andar onde os funcionários atuavam. A empresa Vitalis, responsável pela arte e comunicação e pelo trabalho de iniciação à orquestra nos CESAs, também encerrou o contrato e os funcionários ficaram sem receber os salários de novembro, dezembro e o 13º salário.
A única contratada que possuía dinheiro em caixa para pagar os funcionários é a Argonautas, que cuida do aquário e pinguinário, espaços que são monitorados 24 horas com acesso remoto ao ambiente dos animais, parte que não para nem aos finais de semana. Há uma equipe formada por veterinário, bióloga, tratadores, pessoal da manutenção e estagiários responsáveis pelo cuidado diário. Neste momento, a reestruturação foi iniciada com uma organização prévia dos ambientes que estavam com mobiliário e outros equipamentos abandonados. A nova equipe responsável pelo local fará a avaliação da quantia necessária para manter a Sabina funcionando, além do valor total da reestruturação.