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Preço mantém estável na semana

Cebola teve na semana acréscimo de preço de quase 8%

Dos 34 produtos pesquisados pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado), 20 apresentaram alta nos preços e 13 tiveram queda; apenas um não sofreu variação

O preço da cesta básica permaneceu praticamente estável nesta semana, segundo levantamento da Craisa. Foi registrada apenas uma pequena redução, de 0,43% no valor do grupo de produtos pesquisados. O consumidor vai pagar R$ 547,33 na cesta básica, entre 13 a 19 de março, e economizará R$ 2,26 na compra, em comparação com a semana anterior. Do total de 34 itens que compõem a cesta, 20 apresentaram alta, 13 tiveram queda e apenas um permaneceu estável.

“No final do ano passado pudemos verificar que a cesta ficou mais cara devido à demanda aquecida com o pagamento de décimo terceiro salários, abonos e compras de fim de ano. Porém 2017 começou com os preços apresentando tendência de ligeira queda e estabilidade, o que é comum em períodos em que o consumo enfraquece. Isso acontece porque o consumidor tem muitos impostos para pagar, material e uniforme escolar para comprar, além de muitas vezes ainda possuir dívidas contraídas no final do ano. A retração do consumo, provocada pela grande quantidade de gastos que o consumidor tem no início do ano, faz com que o comércio adote estratégias como promoções para garantir as vendas”, explicou o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá de Benedetto.

Na direção contrária, alface (-8,30%), café (-7,62%) e carne bovina (-5,65%) foram os itens com maiores quedas do período. O principal destaque, segundo Vezzá, ficou por conta do desempenho do feijão, que apresentou nova redução de preço. Depois de alcançar valores acima dos R$ 8, o item passou a apresentar redução sistemática de preço desde o início deste ano, até chegar aos atuais R$ 3,50. Para o engenheiro, o que aconteceu com o feijão é um exemplo clássico da falta de planejamento agrícola e ausência de mecanismos governamentais que deveriam minimizar as grandes oscilações de preços.

Benedetto esclarece que o preço do feijão chegou a valores extremos porque, em 2015, houve aumento grande do volume ofertado e, consequentemente, os preços ficaram baixos ao longo do ano. Isso acabou por desestimular os agricultores a cultivar café no início de 2016. Com a baixa produção, em meados do ano passado o preço disparou. Com os preços altos e a chegada da primavera, os agricultores em massa “resolveram” cultivar feijão novamente, o que resultou na alta produção neste momento e a consequente redução dos preços.

As principais altas registradas no levantamento da Craisa ficaram por conta do tomate, que ficou 23,74% mais caro na semana, seguido pela bolacha maisena, que subiu 17,42% e o sabonete, com preço 10,09% mais alto. A cebola também ficou entre os destaques de alta da semana, subindo 7,95%. Os preços são pesquisados em 17 super e hipermercados das cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Foram feitas 578 tomadas de preço nesta semana, sendo que a pesquisa é baseada no consumo de quatro pessoas.

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