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São Paulo e Santo André discutem unificação de dados habitacionais

Técnicos ligados a habitação das duas cidades estudam melhores meios de parcerias

Demanda por habitação popular na divisa entre os municípios foi tema de reunião entre secretários municipais responsáveis pela área nas duas cidades

Com o objetivo de discutir parcerias para as políticas habitacionais o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André, Fernando Marangoni, e o secretário de Habitação da cidade de São Paulo, Fernando Chucre, se reuniram para debater a criação de um sistema para a unificação de cadastros de pessoas com demandas habitacionais. Desta forma, cadastros repetidos entre as cidades passariam a ser eliminados, poupando tempo e verba.

Segundo o Marangoni, o sistema possibilita ter a dimensão do déficit habitacional real. “Existe um fenômeno chamado conurbação, é uma malha urbana toda misturada. Às vezes você está em Santo André, já entrou em outras cidades e nem reparou, não tem divisas claras. Isso faz com que você não possa pensar os serviços públicos isoladamente. Tem pessoas que pedem casa em mais de um município e com um cadastro unificado isso não vai mais ocorrer”, disse.

Já Fernando Chucre, o principal ponto positivo da reunião foi a possibilidade de se avançar na integração entre as políticas habitacionais de Santo André e São Paulo. “Estamos todos em uma região metropolitana e é muito difícil para nós fazer uma política específica para cada cidade, considerando que a população em geral reside em um lugar, mas utiliza os serviços da cidade vizinha, como é o caso de Santo André e São Paulo. Vamos realizar reuniões entre os municípios da região metropolitana e com a secretaria do Estado com a intenção de colocar um cadastro único metropolitano para evitar sobreposição e ter um número mais preciso de famílias que demandam por habitação nos municípios”, contou o secretário da capital.

No encontro também foi discutida a necessidade de estudos nas divisas para a criação de unidades habitacionais que possam beneficiar tanto famílias andreenses como paulistanas. Outro assunto foi a remoção de famílias que moram próximo ao córrego Oratório, dados habitacionais das residências que rodeiam o córrego foram repassados a São Paulo para que um projeto para o local possa ser traçado, em conjunto entre as cidades.

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