Titular de Psiquiatria, Dr. Arthur Guerra de Andrade foi escolhido para comandar trabalho da gestão João Doria
Professor titular de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Arthur Guerra de Andrade acaba de assumir, a convite da Prefeitura de São Paulo, o cargo de coordenador do Programa Redenção – plano municipal de combate à dependência química.
Os protocolos éticos e médicos do atendimento mais adequado para as regiões conhecidas como “cracolândias” foram discutidos pelo Dr. Arthur Guerra com o secretário municipal de Saúde, Wilson Modesto Pollara, em reunião que também contou com participações do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o psiquiatra Mauro Aranha, e de membros da equipe de saúde e assistência social do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod).
Durante o encontro foram estabelecidas formas de abordagem, participação de equipes multidisciplinares junto aos médicos, critérios clínicos e cuidados médico-hospitalares na indicação de internação de usuário dependente de drogas. Ficou estabelecido que em caso de usuário que apresente indícios de pertinência de internação, a abordagem poderá ser feita por agentes de saúde não médicos e por assistente social. Diante de negativa do usuário em ser avaliado, o médico será acionado sob regime de plantão, presencial ou de disponibilidade, para realizar a avaliação médica. Verificados como esgotados os recursos extra-hospitalares de tratamento, o médico indicará a internação. No caso de internação compulsória, a solicitação deverá ser fundamentada e submetida a justiça.
Em uma de suas primeiras ações no novo cargo, Dr. Arthur Guerra anunciou que o Hospital Sírio-Libanês (HSL), onde ele coordena o Núcleo de Álcool e Drogas (NAD), se ofereceu para desenvolver projeto de como deverá ser a assistência aos usuários de drogas das “cracolândias”.
Além do desenvolvimento junto ao HSL de um cadastro eletrônico que permita acompanhar a trajetória de usuários de drogas que estejam em atendimento ou tenham passado por unidades voltadas para tratamento de dependência química da gestão municipal, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), as próximas ações incluirão protocolos de encaminhamento dos pacientes entre os equipamentos da Rede de Atenção à Saúde, treinamentos em parceria com o Cremesp, reuniões com hospitais para acompanhamento de cada paciente e campanhas de prevenção.