O Programa Saúde Fila Zero já conseguiu zerar a demanda herdada por consultas nas especialidades de urologia, otorrinolaringologia, nutrição e endocrinologia, e também a fila de exames de mamografia, densitometria óssea e ultrassom de próstata. Com todas as frentes do projeto, a fila de espera que em janeiro, era de 128 mil solicitações, foi reduzida para 58 mil. A expectativa da administração é zerar este número nos próximos três meses, com mais dois mutirões de saúde e o cadastro de novos equipamentos para a compensação tributária por meio da prestação de serviços.
O tempo médio de espera em outras especialidades foi reduzido expressivamente. Quem precisava passar por cardiologista e cirurgião vascular, esperava antes do programa, em média 10 e 24 meses, respectivamente. Essa média foi reduzida em 90%. As solicitações para consulta com oftalmologista levavam em média 8 meses para serem atendidas e agora, levam em média dois meses, assim como dermatologia que passou de 30 para 12 meses e neurologia que passou de 36 para 18 meses.
No caso dos exames, endoscopia e ultrassom de mamas tiveram redução de 60% no tempo médio de espera, que era de 8 e 18 meses, respectivamente. O ultrassom transvaginal faz parte do pacote de exames preventivos, ou seja, todo ano por ser refeito, gera muita demanda, porém mesmo assim, o tempo médio de espera que era de 18 passou para 9 meses. O ecocardiograma teve redução de 14 para 3 meses de espera. Por fim, o Bera, exame de diagnóstico de problemas nervo auditivo, como tumores, ou tronco encefálico, não tinha referência no município e passou a ter nas clínicas cadastradas.
A redução de 70 mil solicitações foi alcançada por meio dos quatro mutirões de saúde e os mais de 10 mil atendimentos realizados no Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama e Clínica Ana Rosa, por meio da compensação tributária. Cerca de 28% desse total saiu da fila, pois foi constatada duplicidade no cadastro do usuário, mudança de telefone e endereço ou por desistência do paciente após muito tempo de espera. “Por isso a informatização que estamos buscando para toda a rede é primordial porque o processo hoje em dia é todo feito no papel. Isso é inaceitável pensando no tamanho que Santo André possui. Nós reorganizamos também nossa ouvidoria para que o usuário que não recebeu retorno após anos de espera, possa nos procurar e receber uma resposta”, acrescentou a secretária de saúde, Ana Paula Peña Dias.