Faculdade de Medicina do ABC será Centro Universitário

Resultado do processo de credenciamento foi divulgado nesta semana pelo Ministério da Educação (MEC), do Governo Federal

A Faculdade de Medicina do ABC acaba de ser aprovada pelo Ministério da Educação (MEC) como “Centro Universitário”. A instituição recebeu na última semana o resultado do processo de credenciamento, pelo qual conquistou nota máxima 5. A visita da comissão de avaliação do MEC ocorreu de 3 a 7 de outubro. Nas considerações finais do relatório de credenciamento, os avaliadores ponderaram:

“A FMABC possui forte tradição na área do ensino de saúde. Sua infraestrutura e os serviços que oferece atendem de forma excelente os propósitos da instituição. As ações de gestão estão ancoradas em dispositivos institucionalizados por meio de sua Congregação, órgão máximo da instituição. Há forte coerência entre a missão institucional, como expressa no seu PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional), e os cursos ofertados e as atividades de pesquisa e inserção social desenvolvidas na instituição, fortemente ligada à rede pública de saúde da região”.

O Ministério da Educação classifica as instituições de ensino superior em três categorias: faculdade, centro universitário e universidade. A faculdade é voltada àqueles indivíduos que buscam qualificação para o mercado de trabalho. Já a universidade conta com ensino, pesquisa e extensão, com atuação junto à comunidade. Além disso, exerce importante papel na formação de docentes. O centro universitário é intermediário, está entre a faculdade e a universidade.

“O credenciamento do MEC reconhece um trabalho que fazemos há muitos anos. A Medicina ABC será um centro universitário com quase todas as características de uma universidade. Nós ensinamos, fazemos pesquisa e temos grande inserção social por meio da extensão, com realização de mutirões de saúde para a população, o Projeto Sorrir é Viver, contrato com o IMESC (Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo) para exames de paternidade, atendimento às doenças raras, entre muitas outras iniciativas sociais. Nosso caminho para universidade, agora, é mais curto. Passa, por exemplo, pela abertura de cursos em outras áreas e novos programas de pós-graduação”, considera o diretor geral da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Adilson Casemiro Pires.

Uma das principais vantagens da mudança é a maior autonomia. “Teremos autonomia universitária. Não precisaremos mais de aprovação prévia do MEC para a abertura de novos cursos, por exemplo. Além disso, a FMABC só podia ensinar na cidade em que está constituída, ou seja, Santo André. A partir de agora, podemos manter novos campi em outros municípios. Outra conquista é que passaremos a expedir os diplomas de nossos alunos. Até então, esse processo era feito via Universidade de São Paulo”, enumera o diretor geral da FMABC.

Segundo Pires, a última pendência para pleitear a qualificação como centro universitário era o número mínimo de cursos, superada com a abertura das graduações em Tecnologia em Gestão Hospitalar (2014) e Tecnologia em Radiologia (2015). “Temos pós-graduação, Mestrado e Doutorado há muitos anos. Em pesquisa, somos uma das instituições privadas que mais publica artigos em periódicos científicos. Também já atendíamos a outros critérios do MEC, como número de professores com dedicação exclusiva e quantidade de docentes com Mestrado e Doutorado”.

A partir da publicação da decisão do MEC no Diário Oficial, terão início mudanças internas no organograma da faculdade. O diretor geral, por exemplo, passará a reitor, enquanto os coordenadores de graduação, pós-graduação, administração e extensão serão pró-reitores. Já a Congregação Universitária, órgão máximo de deliberação da instituição, passará a Conselho Universitário.

Missão cumprida

Para o diretor da FMABC Dr. Adilson Casemiro Pires, o credenciamento do MEC fecha com chave de ouro seu segundo mandato.