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Reciclagem é coisa séria em S. André

Aumento expressivo do índice de reaproveitamento do lixo foi resultado de várias ações na gestão dos resíduos sólidos

Aumento expressivo de 140% nos últimos anos com incentivos a população e algumas ações pontuais

Santo André encerrou 2017 com o reaproveitamento de 30% de todos os resíduos gerados no município. Desde 2014, o índice girava em torno de 12% e o aumento expressivo da taxa foi resultado de várias ações na gestão dos resíduos sólidos realizada pela Prefeitura, por meio do Semasa, que tornaram mais eficientes a coleta em geral e a destinação correta dos recicláveis.

Os cerca de 715 mil habitantes da cidade geraram no ano passado 332 mil toneladas de resíduos. A soma engloba o lixo coletado porta a porta pelos caminhões de úmidos e de secos, os resíduos dos estabelecimentos de saúde, os materiais volumosos (como madeiras, pneus, lâmpadas, colchões, além do entulho de pequenas construções) deixados nas estações de coleta, além dos resíduos depositados nos mais de 100 PEVs (Postos de Entrega Voluntária) da cidade. Considerando o total recolhido apenas com a coleta porta a porta de úmidos e secos em 2017, cada morador de Santo André gerou 0,89 kg de resíduos por dia, menos que a média nacional.

“A nossa cidade já foi referência na questão da reciclagem, e, graças a esses 14 meses de gestão, está voltando a ser. Nós aumentamos em 140% a reciclagem. E vários fatores contribuíram para isso, como a construção e a melhoria de ecopontos, o lançamento do projeto Moeda Verde, que troca lixo reciclável por alimento, ações de conscientização e a assinatura das cooperativas de reciclagem”, afirmou o prefeito Paulo Serra. Entre as principais ações que ajudam a cidade a ampliar o seu índice de reciclagem está a melhor separação dos resíduos secos e úmidos pela população para a coleta porta a porta. Quando resíduos úmidos seguem nos sacos de reciclagem, os secos são contaminados e não podem ser aproveitados. Quando os secos são misturados aos úmidos, eles não podem ser separados e são aterrados. Mesmo Santo André sendo referência nacional na coleta seletiva há quase duas décadas, com 100% da cidade atendida com a coleta de secos, 48% dos materiais lançados junto com o lixo comum pelos moradores ainda são recicláveis. São 105.400 toneladas de plásticos, vidros, papelão, papel, entre outros, que são aterradas, sem necessidade, comprometendo a vida útil do Aterro Sanitário da cidade.

O Aterro Sanitário de Santo André é um dos melhores da Grande São Paulo, com nota 9,6 dada pela Cetesb, no entanto sua vida útil é limitada e, no ritmo atual, pode operar por apenas mais dois anos. Por isso, há necessidade de uma melhor separação de todos os resíduos ainda na casa dos moradores.

Para estimular mais a população para a reciclagem, o Semasa está lançando uma campanha de incentivo à coleta seletiva. “A nossa ideia é fazer a campanha para que a população nos ajude a aumentar esse índice de reciclagem. Praticamente metade do lixo úmido tem reciclável. E isso tem um aspecto fundamental de melhoria da cidadania, da consciência ambiental, do tempo de vida do nosso aterro, além da questão econômica”, afirmou o prefeito Paulo Serra.

Além da campanha, mais seis estações de coleta serão inauguradas até 2020 – duas delas em 2018- e os projetos Moeda Verde e Livro Vivo, lançados em 2017 para estimular a reciclagem em assentamentos carentes e o reaproveitamento de livros usados, respectivamente, serão ampliados.

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