Nas atribulações, às vezes a cabeça fica confusa, cheia de pensamentos, uns belos e outros nem tanto! Nem sempre é possível manter a estabilidade interna. A alquimia entre mundos de dentro e de fora ou como estou e como estão, pode resultar em turbulência emocional.
Inúmeras são as vezes que passei um bom tempo magoada, irritada, com sentimentos muito incômodos a meu respeito, com toda a gama de temperaturas de humor, por influência do externo ou seja, de pessoas, estando elas perto ou longe, o que não muda muito o resultado interno! A distância física não faz a menor diferença, o que vale é a vibração que sentimos dos sentimentos e pensamentos enviados a nós. Há vibrações que harmonizam e outras que causam repulsa.
Um dia muito cansada de sofrer com ações e reações de outros, cheguei a conclusão que tinha o dever comigo mesma de resolver esta questão. Me deixava levar por sentimentos venenosos ou transformava o veneno em remédio. Decidi que iria me esforçar no sentido da transformação do desarmônico em harmônico.
Essa escolha foi firmada numa situação doméstica. Num desentendimento, uma pessoa querida devolveu-me com violência um presente meu, uma tela em que pintei uma árvore, porque adoro árvores e achei que seria um bom presente. Ao ver aquela tela arremessada ao chão com a força da raiva, peguei-a e olhando-a tive dois pensamentos: jogava no lixo ou melhorava a pintura. Não hesitei, optei pela melhora e depois de algumas pinceladas ficou linda! Ousaria dizer que se tornou a pintura mais bela que já havia feito! Transformei o feio em belo! Transformei a raiva em amor dentro de mim.