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Futuro ministro da Saúde critica saída repentina de cubanos do Mais Médicos

O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) vai ser o novo ministro da Saúde a partir do ano que vem, indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Mandetta é deputado federal desde 2011, mas não se candidatou na última eleição.

O futuro ministro criticou a saída repentina de Cuba do programa Mais Médicos. Segundo ele, este era “um dos riscos de um convênio de terceirização de uma mão de obra essencial”. Afirmou também que “mais parecia um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil”.

“Se você vai fazer terceirização de mão de obra, pagando para outro país, com profissional que não recebe seu salário, eu pago para outro país, e na hora que o outro país acha que é um mau negócio, eu tiro o profissional? Que negócio é esse? Esse programa tinha que ter feito uma alternativa de sustentabilidade e que não foi feito”, afirmou Mandetta.

Mandetta defendeu uma maior fiscalização do poder público para avaliar a formação e atuação de médicos estrangeiros no País. “Quando você tem um médico formado na Suécia, na melhor faculdade da Suécia e ele quer vir ao Brasil, ele mostra o currículo e vai trabalhar na Amazônia. Será que ele sabe tratar malária? Será que ele conhece o SUS? Isso é revalidar diploma. A sociedade precisa de alguém que fiscalize e puna”, disse o futuro ministro.

SUS

Mandetta defendeu o fortalecimento do SUS e ressaltou que a saúde pública no País tem enfrentado vários desafios. Mandetta destacou problemas de gestão, de informação, orçamento inadequado, de desabastecimento e cobertura vacinal baixa.

Carreira de estado

Mandetta defendeu que o novo governo encaminhe um projeto criando a carreira de estado para os médicos e ressaltou que é necessária uma proposta que atenda às várias áreas da saúde. De acordo com o novo ministro, a carreira de estado é uma maneira do País levar médicos para locais mais afastados.

Reposição de médicos

Na última terça-feira, o Ministério da Saúde publicou edital com pouco mais de 8,5 mil vagas de médicos em substituição aos médicos cubanos, no Diário Oficial da União; – sendo que no Grande ABC estarão sendo disponibilizadas 75 vagas no total – 33 em Mauá, 7 em Ribeirão Pires, 18 em Santo André e 17 em São Bernardo.

Mauá garante medidas sobre saída de médicos cubanos

Em decorrência da decisão do governo de Cuba por deixar o programa Mais Médicos, devido às divergências com as autoridades brasileiras, a Prefeitura de Mauá esclarece que não medirá esforços para a população não ser prejudicada com a saída dos 33 profissionais cubanos. Por essa razão, a administração municipal adotará medidas emergenciais para reposição da mão de obra.

Diante da decisão irrevogável do Ministério da Saúde Pública de Cuba, o governo municipal discutirá ações que preencherão a lacuna deixada pela ausência dos profissionais cubanos nas 23 UBS. Entre as propostas estudadas, está a reposição de médicos concursados em Mauá para preencher tal déficit. Também não está descartada a abertura de um processo seletivo, em esfera municipal, pela contratação de uma nova mão de obra no setor.

Ao todo, Mauá tinha 44 profissionais pelo programa Mais Médicos.

A Prefeitura de Mauá assegura que não ficará inerte a essa decisão do governo cubano e tomará todas as medidas necessárias para garantir que os usuários do SUS não sejam prejudicados. A administração municipal acompanha o edital por parte da União, para reposição.

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