No último dia 1º de novembro, o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava-Jato na primeira instância, aceitou ser Ministro da Justiça a convite do presidente eleito Jair Bolsonaro.
A escolha do magistrado para o cargo reforçou o discurso de Bolsonaro durante a sua campanha, fortemente marcada, pelo combate à corrupção. Já Sérgio Moro declarou que ao assumir o cargo vai conseguir consolidar os avanços contra o crime e a corrupção presente nos últimos anos, ou seja, a Operação Lava Jato.
Um caso curioso desta história é que Moro sempre se apresentou, ao longo de sua carreira, como um profissional orgulhoso de seu distanciamento político. Em 2006, o juiz chegou a dizer em uma entrevista que não tinha a menor intenção de entrar para política. Mas o que será que levou o magistrado a aceitar o convite para o cargo?
Ao que parece, Sérgio Moro voltou atrás da sua afirmação alegando que não “se vê como um político verdadeiro”. Diz que seguirá para fazer um trabalho eminentemente técnico de um juiz a cargo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Disse ainda que, como ministro, vai trabalhar com aquilo que conhece, que é a Justiça.
Um ponto aqui a ser ressaltado é que já faz algum tempo que a Lava Jato tem sido alvo de críticas ao passar dos seus limites e objetivos, tomando um ar concretamente político. Mas será que vale essa crítica, uma vez que foram condenados políticos de quase todos os partidos, além de inúmeros empresários? Independente dos fatos expostos, como já dito anteriormente, a nomeação do magistrado como Ministro da Justiça, atende muito bem ao objetivo e discurso proferido pelo futuro presidente durante a campanha nas eleições presidenciais.
Por melhor que possa ter sido o seu desempenho à frente da Operação Lava Jato, Sérgio Moro terá um grande desafio pela frente: atender a vontade da população em ter uma política harmoniosa e livre de esquemas de corrupção e, ao mesmo tempo, criar meios eficientes de combate ao crime organizado.
Para tanto, o futuro super ministro pretende criar forças-tarefa, levando “nomes” da operação Lava-Jato, para integrar sua equipe. Tudo indica que ele sabe exatamente o que deve fazer e como para que o brasileiro volte a ter um ambiente sadio para o trabalho e venha a experimentar um crescimento econômico sustentável, com justiça e segurança pública.
Expresso aqui boa sorte ao futuro Ministro da Justiça e da Segurança Pública do Brasil!
*Uranio Bonoldi consultor, palestrante e oferece aconselhamento personalizado para empresários e executivos.
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