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MedABC organiza palestra em comemoração pelo ‘Dia Mundial da Doença de Parkinson’

Com entrada gratuita, atividade ocorrerá em 13 de abril (sábado), às 10h, no campus universitário em Santo André (SP)

A disciplina de Neurologia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), por meio do Ambulatório de Distúrbios do Movimento, programou para o próximo sábado (13 de abril) palestra gratuita em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Aberta à população, a atividade ocorrerá no Prédio Central da FMABC, sala 13, a partir das 10h. Não é necessária inscrição prévia e o tema em destaque será “Saúde da voz na doença de Parkinson”, sob responsabilidade da fonoaudióloga Alice Estevo Dias.

A doença de Parkinson é uma patologia neurológica que afeta os movimentos. Segundo a Associação Brasil Parkinson, o problema decorre da degeneração de células nervosas (neurônios) situadas na região cerebral conhecida como substância negra. Incurável, de caráter progressivo e lento, a doença ainda tem causa desconhecida e apresenta entre os principais sintomas: tremor em repouso, rigidez muscular, diminuição e lentificação dos movimentos, dificuldade para falar e engolir, diminuição do volume da voz (voz baixa), diminuição da percepção de cheiros e odores, distúrbio do sono, depressão, apatia, desânimo, diminuição da expressão facial, dificuldade para andar e diminuição do balançar dos braços ao caminhar, obstipação intestinal, pele mais oleosa e, em alguns casos, dermatite seborreica e câimbras.

O diagnóstico é clínico, por meio da história do paciente e avaliação neurológica. “A doença de Parkinson pode atingir qualquer pessoa, independentemente do sexo, raça ou classe social. É mais comum em idosos, com os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos. Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema. Diferentemente da doença de Alzheimer, pacientes com Parkinson não têm afetadas a memória e a capacidade intelectual na fase inicial”, detalha a professora de Neurologia da FMABC e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios do Movimento, Dra. Margarete de Jesus Carvalho.

Apesar de não haver cura, existem tratamentos que combatem os sintomas e retardam o progresso da doença. Medicamentos e cirurgias fazem parte do arsenal terapêutico, assim como sessões de fisioterapia e de terapia ocupacional, além de fonoaudiologia para casos em que há comprometimento da fala ou da voz.

Doença de Parkinson

O neurologista inglês James Parkinson nasceu em 11 de abril de 1755 e em 1817 foi o primeiro a descrever os sintomas e sinais da doença que atualmente leva seu nome. Por essa razão, o Dia Mundial de Conscientização é celebrado oficialmente em 11 de abril. A enfermidade neurodegenerativa tem grande prevalência na população idosa – são cerca de 100 a 150 casos para 100 mil pessoas – e leva à perda progressiva de células nervosas (neurônios) do cérebro.

O tratamento é realizado com medicamentos, acompanhamento com equipe multidisciplinar e, em alguns casos, procedimento cirúrgico. As propostas terapêuticas visam a minimizar os sintomas clínicos decorrentes do déficit de dopamina no sistema nervoso central. As medicações utilizadas são fornecidas gratuitamente pela rede pública de saúde. Já o tratamento cirúrgico é paliativo e realizado em situações específicas, sempre com o objetivo de amenizar os sintomas.

“A partir do diagnóstico da doença de Parkinson pelo neurologista, é necessário que o paciente também inicie acompanhamento com outros profissionais de saúde: fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista e psicólogo”, informa a Dra. Margarete de Jesus Carvalho, que detalha: “A fisioterapia ajudará o paciente a ter uma postura melhor, evitando as quedas, que são frequentes no decorrer da doença. A fonoaudiologia auxiliará na fala e na deglutição. A terapia ocupacional contribui na manutenção da autonomia para as atividades de vida diária. A nutrição orienta para o suporte nutricional adequado, tanto em relação ao Parkinson quanto às outras doenças concomitantes que podem ocorrer, como hipertensão arterial, anemia, diabetes e osteoporose. Além disso, alguns pacientes necessitam de apoio psicológico e tratamento psiquiátrico”.

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