Os servidores públicos de Mauá, representados pelo Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos (Sindserv), apresentaram ao Governo municipal a pauta de reivindicações para a revisão dos vencimentos e benefícios. O encontro, foi organizado às pressas devido a falta de confirmação da agenda na última semana.
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, o fato de abrirem o diálogo para debater a campanha salarial é um gesto positivo. “Apesar de termos sido chamados às pressas porque não houve confirmação da agenda, pudemos ter um primeiro contato com a equipe desse novo governo”, ponderou. “Esperamos agora abrir pra valer as negociações e que a prefeita Alaíde Damo tenha sensibilidade para conceder o reajuste aos trabalhadores”, pontilhou.
O Sindicato salientou a necessidade de se corrigir os últimos 24 meses em que os servidores públicos viram seus vencimentos e o auxílio alimentação se corroerem pela inflação. Foram apresentadas três alternativas a se trabalhar: correção por percentual, correção por abono mensal ou correção mista por percentual e abono.
A administração municipal foi representada pelos secretários de Governo, Administração e Modernização, Finanças e Justiça e Defesa da Cidadania, João Veríssimo Fernandes, Paulo Roberto Cordeiro, Valtemir Pereira, Rogério Cavanha Babichak, respectivamente. Eles pediram um prazo para analisar as possibilidades e devem se reunir com a prefeita Alaíde Damo antes de retornar uma contraproposta ao Sindicato.
Contexto
Desde maio de 2017, a cidade de Mauá tem sofrido com a instabilidade política e a crise de descontinuidade administrativa. Essa situação impediu a correção anual dos salários (popularmente conhecida como “dissídio”) dos trabalhadores da Prefeitura, Câmara Municipal e Sama. Apesar disso, servidores e funcionários públicos tem garantido a prestação ininterrupta dos serviços e ações à população mauaense.
Sem qualquer reajuste nos salários e com as constantes elevações de preços, tarifas, taxas e impostos, o poder de compra dos trabalhadores do setor público mauaense tem diminuído de forma vultuosa e prejudicado seu sustento familiar.
Os trabalhadores reivindicam 7% de correção da inflação referente aos últimos 24 meses (IPCA), aumento real de 5%, abono mensal de R$ 300,00 com incorporação e elevação do auxílio alimentação para R$ 475,00. Na pauta, os servidores pedem também a revisão de diversas situações de interesse social e estatutário.