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Após decreto estadual, alimentação saudável entra em pauta nas escolas

Decreto estadual reacende discussão da alimentação saudável nos colégios; algumas instituições já trabalham essa questão, como os alimentos orgânicos

Em junho, as escolas de Minas Gerais estarão proibidas de vender refrigerantes e salgados fritos e assados, além de doces como balas, pirulitos e chicletes. O Decreto Estadual n° 47.557 de dezembro de 2018 determina uma extensa lista de produtos que não vão poder ser comercializados em escolas públicas e privadas, com o intuito de promover a alimentação adequada, saudável e sustentável. A preocupação tem motivo: segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos (34,8%) estão com excesso de peso, no Brasil. O mesmo estudo indica que um a cada quatro adolescentes (25,5%) também estão nessa condição.

Antes do decreto entrar em vigor, algumas escolas do estado já trabalham a questão da alimentação saudável com os seus alunos. Em Belo Horizonte, a Casa Fundamental, escola de ensino infantil e fundamental, encontrou na alimentação uma forma de trabalhar a saúde, a consciência ambiental e a cultura com seus alunos.

A instituição lançou o e-book “Temperos de amor”, com receitas que vão desde o tradicional bolo de cenoura à crepioca, do biscoito de coco ao kafta, da sopa às batatas douradas. Grande parte das receitas são com alimentos orgânicos, do jeito que são produzidas as refeições da escola. E o livro conta ainda com dicas da chef Érika Rodrigues, a cozinheira da Casa, no modo de preparo.

Os alunos ainda fizeram uma “expedição ao supermercado”, para analisarem os encartes de alimentos industrializados, valor nutricional e a disposição dos produtos pelo mercado, para desenvolver habilidades críticas de interpretação, noções geográficas do bairro Castelo e de consciência nutricional e alimentação saudável.

Existe, inclusive, uma horta para o cultivo de alimentos orgânicos, onde os pequenos têm aulas de jardinagem. Toda semana uma feira com esses alimentos é aberta à comunidade do bairro Castelo, onde fica a instituição. A cozinha fica no centro da escola, que foi construída dentro de um galpão industrial desativado, planejada para despertar os sentidos dos alunos com os cheiros, as cores e texturas, as formas e os sabores.

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