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Como uma Bordadeira

A vida do ser humano é uma caminhada particular e intransferível. É tentador desejar que o outro seja nossa extensão, para nos facilitar a caminhada. Mas é uma ilusão e plena invasão! Perceber o estado interno do próximo é uma tarefa que requer esforço e um mínimo de sensibilidade, com limites que devem ser respeitados. Cada um tem seus recursos e dificuldades, que em situações limite ficam evidentes.

Estar em harmonia nem sempre é possível, pela grande lacuna que se forma nas diferenças pessoais. Mas isto não deve perturbar. Procurar se compreender é importante, mas esperar que o outro entenda tudo já é pedir demais em certos momentos. Encarar o julgamento e seguir em frente, ainda parece ser a melhor opção. Não se pode, nem se deve, contentar a todos, é melhor estar em paz lá no fundo do próprio coração e deixar que através do tempo possam ser gerados novos resultados.

Às vezes acreditamos que sabemos o que é melhor para outra pessoa e por isso interferimos desviando-a de suas opções, mas viver e deixar viver, talvez seja mais digno! Que direito temos de intervir baseados em nossa própria visão? É um ponto de vista e pode não servir para ela! Além do que, o exemplo ainda é a melhor forma de influenciar.

Cada um aprende com suas escolhas, como uma bordadeira, que com sua agulha e linha borda com atenção e refaz seus pontos toda vez que erra. Fazer e refazer, quantas vezes forem necessárias, para evoluir, cada qual com o que lhe cabe!

Ala Voloshyn: Psicóloga. Escritora. Blogueira. Contadora de Histórias. Mediadora de Conversa Filosófica. Blogs: alavoloshyn, livrosvivos - SoundCloud

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