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Reconhecimento facial vai reforçar a segurança no Carnaval paulistano

Tecnologia também estará em debate durante a 23ª Exposec, que acontece em abril no São Paulo Expo
São Paulo, fevereiro de 2020 – A cidade de São Paulo aposta no reconhecimento facial para coibir a ação de bandidos durante o carnaval. Câmeras serão instaladas nos principais pontos onde passarão os blocos carnavalescos e também no Sambódromo. A decisão ocorre num momento em que a tecnologia é questionada em diversas partes do mundo devido à preocupação com a proteção de dados. Um debate que também estará em pauta durante o Congresso ESS Segurança em Hospitalidade, que será realizado simultaneamente à 23ª Exposec – Feira Internacional de Segurança, que acontece de 14 a 16 de abril no São Paulo Expo.

O sistema ganhou destaque no ano passado durante a 22ª edição da feira, e volta ao debate com o interesse cada vez maior, principalmente do setor público, na sua utilização. A primeira cidade brasileira a testar o reconhecimento facial foi Salvador. Na capital baiana a intenção foi identificar e prender pessoas procuradas pela polícia. Já em São Paulo, a meta é coibir assaltos e violência durante os dias de Carnaval.

A segurança pública certamente está entre as principais demandas sociais neste momento, segundo Carlos Fernando Santos, Gerente Comercial da RELM CHATRAL Telecomunicações, empresa que levará novidades para a Exposec. E para fazer frente à demanda social, buscando resultados cada vez mais efetivos, a Polícia Militar tem investido na qualificação de seu capital humano, com novos métodos de trabalho e uso de novas tecnologias.

De acordo com Fernando, nos últimos anos, o uso de câmeras policiais individuais (Body Worn Camera) para o registro das ações dos PMs também tem se disseminado nas principais polícias do mundo. “O emprego desses equipamentos no dia a dia policial tem buscado qualificar o conjunto probatório de práticas ilícitas, contribuindo para a efetividade da persecução criminal; proteger os policiais militares nos casos de falsa acusação; aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais e do uso da força; e mitigar a reação das pessoas em conflito com a lei pela percepção de que estão sendo filmadas e, consequentemente, reduzir a necessidade de uso da força por parte dos policiais militares”.

Banco com 30 milhões de fotos

Durante o Carnaval, a polícia paulista contará com um sistema de segurança que compara imagens de suspeitos em vídeos e fotos com banco de 30 milhões de fotografias. Inicialmente, no entanto, não está prevista a instalação de câmeras de reconhecimento em tempo real.

Esta será a primeira vez que o Carnaval paulistano terá um computador para reconhecimento facial para tentar ajudar a polícia a identificar rostos de criminosos e de suspeitos de crimes, além de ajudar a localizar pessoas desaparecidas. O equipamento começa a funcionar no dia 15 de fevereiro, quando inicia oficialmente o pré-carnaval de rua na cidade.

Drones na segurança

São esperados quase 800 blocos na festa deste ano na capital paulista com mais de 15 milhões de foliões. Por isso, o sistema de segurança também contará, pela primeira vez, com o monitoramento por drones com câmeras que ajudarão no esquema especial de acompanhamento dos foliões de rua. A medida servirá para identificar crimes como furtos, muito comuns nesta época no meio dos blocos.

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