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Abuso de poder é crime eleitoral

As eleições devem continuar com a mesma data, ou mais tardar atrasar por dois meses e ser no mês de dezembro, onde a crise na área de saúde por causa da pandemia deve estar ainda em vigência em todo o país. A Justiça Eleitoral prevendo que isso irá acontecer, já está avisando os futuros candidatos a vereador e a prefeito, que não irá tolerar abusos de poder econômico e muito menos político durante o pleito de 2020, isto posto que, todas as prefeituras do Estado e do país decretaram estado de calamidade pública e podem gastar acima do limite da responsabilidade fiscal. A justiça vai além, e cita que prefeitos, vereadores, secretários municipais e funcionários públicos não distribuam bens, valores ou benefícios a população em nenhuma hipótese, como gêneros alimentícios, materiais de construção, e quitação de contas públicas como água e luz. Não será tolerado também o uso de programas sociais mantidos pela administração municipal para promoção de nenhum candidato, entre outros. Então candidatos, tomem muito cuidado, porque podem sofrer restrições antes de começar as eleições. Fica a dica: muitos candidatos são cassados por utilizarem métodos que não estão de acordo com a lei e a justiça eleitoral sabe e acompanha.

Sem fundo eleitoral

O fundão de 2 bilhões de reais que o PSL tem sendo boa parcela por causa dos deputados federais, e tinha o presidente como seu puxador de votos, que depois saiu e queria se apossar porque achava que era dele a grana, mais de 300 milhões à que o partido tem (tinha) direito, acabou. O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto do Distrito Federal, bloqueou toda a grana para a cura do Coronavírus na última terça-feira que estava à disposição do TSE – Tribunal Superior Eleitoral e acabou com a farra do presidente e dos candidatos do PSL. Medida acertada do juiz federal, visto que o governo diz que não tem dinheiro para nada, 2 bilhões de reais, vai ajudar um pouco. Agora os candidatos do PSL e aqueles coligados, terão de gastar a sola do sapato se quiserem se eleger.

Pisando na bola de novo?
O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, tem hora que parece que vai engrenar com sua administração, e promete de tudo a população, e até consegue se acertar nas áreas mais conflitantes de sua administração, como a saúde e abastecimento de água. Daí, cai em desgraça, e não coloca fiscais nas ruas a fim de que seja cumprida a quarentena em todo o município, não só entre a população, mas o comércio manter fechado para não haver circulação e aglomeração de pessoas. A população que segue a orientação do governo do Estado para manter o afastamento social, pede que autoridades principalmente a estadual que fiscaliza o município e o prefeito que diz estar segundo as normas da OMS, mas deixa o comércio funcionar normalmente como se nada estivesse acontecendo. Fica esperto prefeito, você está governando ainda com liminar e a justiça pode não gostar muito desta atitude.

Fazendo a sua parte!

Desde a madrugada do último sábado (4), boa parte dos moradores em situação de rua de São Caetano (quem disse que aqui não tem também?), estão recebendo ajuda da Associação Fundação Viva visto que a maioria destes moradores se instalam no bairro Fundação. Foram pendurados em diversos pontos do bairro kits de água para ajudar na higienização, sendo a campanha batizada de “Uma mão lava a outra”. Segundo o presidente da Associação, Rogério Bregaida Jr. – àqueles que não podem fazer o isolamento, pelo menos encontrarão em seu caminho um acesso para a higienização, deixando a sociedade mais segura e todos nós mais tranquilos.
Boa iniciativa da Fundação Viva que está fazendo a sua parte no combate ao Coronavírus, – e alerta que todos os materiais de higienização estão próximos as lixeiras no bairro e serão abastecidas quando esgotadas.

Popularidade em baixa

O presidente do PT – Partido dos Trabalhadores estadual, Luiz Marinho, e também candidato a prefeito de São Bernardo, acredita que a baixa popularidade do presidente Bolsonaro na época de pandemia, vai dar fôlego ao partido nas próximas eleições. Mesmo com todo o aparato montado para criticar os adversários (nem foram desmontados da eleição passada), o presidente e seus correligionários irão perder espaço político caso a pandemia alcance níveis inimagináveis por causa da falta de noção e desrespeito à quarentena propagada pelos Bolsonaros em rede nacional em diversas oportunidades. Segundo Luiz Marinho, com a péssima gestão do presidente, fica mais fácil comparar o modelo da gerência do PT e de outros partidos, fazendo com que o eleitor não fique indeciso na hora do voto. Afinal disse Marinho, – eles disseram que tirar o PT do poder iria fazer o país melhorar, o que aconteceu foi o contrário.

Prefeito e vice fora de perigo

O prefeito Orlando Morando de São Bernardo do Campo, e o vice-prefeito de São Caetano do Sul, Beto Vidoski, depois dos perrengues que passaram depois de serem infectados por Covid -19, e internados na UTI em estado grave, já estão novamente no convívio com seus familiares deste o início da semana, e devem permanecer mais alguns dias em quarentena cumprindo determinação médica para em seguida retornarem a seus postos.

Troca-troca de partidos

Como prevista, fechou a janela de transferência partidária em pleno domingo de quarentena. Mesmo assim, a política não para. É uma roda gigante, que se bobear fica desgovernada, por isso tem os tribunais para regulamentá-la e fiscalizá-la constantemente. No Grande ABC, a coisa não é diferente. Centenas de vereadores também trocaram de partidos e se acomodaram nos que lhe darão maior suporte nas próximas eleições municipais em outubro, se a Justiça Eleitoral não transferir a data para o final do ano, mais precisamente no início de dezembro. Passar desta época é inviável e teria de mudar a Constituição e uma série de leis. Mas parece que está tudo sendo resolvido nos poderes superiores. Enquanto isso, cerca de 51 vereadores mudaram de partido nestes dias só no Grande ABC. Isso pode não ser nada, se comparada a perspectiva de que mais de sessenta por cento deles poderão ser descartados nas próximas eleições. Igual aconteceu na anterior, quando a média foi a mesma.

Tudo certo e nada resolvido!

Na última reunião de ministros convocada pelo ilustre Presidente Bolsonaro as pressas, que aconteceu na última segunda-feira (6), era para fritar de vez o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e mandá-lo de vez para casa, mas não surtiu o efeito desejado. Além de ganhar mais inimigos dentro do próprio governo e ficar cada vez mais isolado, Bolsonaro, ainda teve de ouvir a recusa do ministro em não querer assinar decreto para usar o medicamento que o presidente acredita que vai dar certo contra o coronavírus e que anda em propaganda nas redes sociais, a Hidroxicloroquina. O ministro ainda ganhou mais força dentro do governo, e disse que só sai quando terminar seu trabalho. Um insubordinado no quartel dos Bolsonaros. O presidente está provando do próprio veneno, visto que, é contra qualquer tipo de quarentena e não admite que ninguém ganhe espaço dentro do governo a não ser que tenha permissão dele e de seus filhos. A coisa ficou feia presidente! – Em tempo: o presidente queria colocar no lugar de Mandetta, o ex-ministro Osmar Terra que é a favor do uso do medicamento Hidroxicloroquina, que não aceitou o cargo.

Frase da Semana

“Presidente Bolsonaro atrapalha e só sabe enfrentar a crise, criando outra crise”,
Renato Casagrande – governador do Espírito Santo

Samuel Oliveira: Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.

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